Chicharito em controvérsia: mulheres devem ser cuidadoras e homens líderes
O internacional mexicano gerou polémica com comentários nas redes sociais, criticando mulheres por erodir a masculinidade e defendendo uma dinâmica de liderança masculina em relacionamentos.

Javier Hernández, mais conhecido como 'Chicharito' no mundo do futebol, tornou-se o centro das atenções, após publicar um vídeo nas redes sociais onde reflete sobre o papel de homens e mulheres na sociedade contemporânea.
No seu entendimento, as mulheres estão a "fracassar" ao, segundo ele, "erradicar a masculinidade e tornar a sociedade hipersensível". Chicharito sugere que elas deveriam assumir papéis mais tradicionais, permitindo que os homens liderem. "Voltem à sua essência feminina: cuidem, nutram, limpem e sustentem o que mais valorizamos, que somos nós, homens", expressou.
O jogador de futebol argumenta que a verdadeira felicidade das mulheres passa por aceitar serem guiadas por homens que desejam vê-las felizes. Ele também fez autocrítica quanto ao comportamento dos homens, sublinhando que a falta de compromisso e o desprezo pela parceira são problemas recorrentes. "Estamos a falhar em dar prioridade às nossas companheiras e a cultivar hábitos que nos tornem dignos de admiração", afirmou.
Chicharito ainda destacou que, embora no passado haja havido uma supressão da energia feminina, muitos homens estão prontos para amar e respeitar as mulheres. "É importante que mulheres aprendam a honrar a masculinidade, mesmo que a verdade possa ser difícil de aceitar. Precisamos de evolução para construir a humanidade que sempre desejámos", concluiu.
Recentemente, Chicharito também enfrentou críticas nas redes sociais, que surgiram em consequência de suas declarações.
Uma trajetória de altos e baixos
Javier Hernández nasceu em Guadalajara, México, e foi visto como um dos grandes talentos do futebol americanos, levando o Manchester United a pagar 7,5 milhões de euros ao Chivas pelo seu passe em 2010.
Apesar de uma carreira cheia de promessas, o avançado não conseguiu atingir o seu potencial em Old Trafford. Durante quatro anos, anotou 59 golos em 157 jogos, sendo depois cedido ao Real Madrid, onde também não teve sucesso. Desde então, passou por clubes como Bayer Leverkusen, West Ham, Sevilla e Los Angeles Galaxy, deixando uma marca intermitente, muitas vezes afectada por lesões.
Recentemente, voltou ao Chivas depois de finalizar o seu contrato com a equipa norte-americana, participando em 114 jogos e marcando 32 golos. Agora, volta a ser falado, não por questões desportivas, mas pela sua controvérsia em relação a papéis de género na sociedade.