Acordo entre Ventura e Montenegro para Reformas na Nacionalidade e Imigração
O líder do Chega, André Ventura, considera que o dia é propício para o país, anunciando um acordo com o primeiro-ministro para finalizar as alterações nas leis de nacionalidade e imigração ainda este mês.
André Ventura, à frente do Chega, revelou ter estabelecido um entendimento com o primeiro-ministro Luís Montenegro durante uma reunião na quinta-feira, visando a conclusão do processo legislativo referente às leis da nacionalidade e imigração antes das férias de verão.
"O compromisso que assumimos é para que, nos próximos dias, possamos assegurar que estes projetos sobre imigração, reagrupamento familiar e nacionalidade sejam finalizados antes do encerramento da sessão legislativa", afirmou Ventura, considerando essa medida um sinal de responsabilidade e trabalho para o país.
A última sessão plenária, com votações antes da pausa de verão, está agendada para 16 de julho. Após as votações, o líder do Chega manifestou que foi um "bom dia para a democracia e para os portugueses", em virtude da aprovação da proposta governamental que reduz as taxas do IRS.
Ventura elogiou a abertura do PSD em relação à proposta do Chega para acentuar a redução do IRS nos escalões do segundo ao quinto, embora esta apenas se aplique no Orçamento do Estado de 2026. "Nem o Governo nem o Chega conseguiram tudo o que pretendiam, mas garantimos uma descida de impostos já em setembro, com efeitos retroativos a janeiro", sublinhou.
Em relação às leis de imigração e nacionalidade, Ventura destacou que não se tratou de uma vitória total para qualquer parte, mas sim um sinal de maturidade e responsabilidade por parte do parlamento. "As pessoas desejam mudanças e não que os partidos permaneçam agarrados às suas posições, bloqueando a aprovação de decretos", acrescentou.
Sobre o reagrupamento familiar, Ventura informou que "algumas limitações" poderão ser introduzidas, após a rejeição de uma proposta que sugeria a suspensão desse mecanismo. "Haverá limites em termos de número de pessoas e timings, mas isto é para proteger Portugal e os portugueses", concluiu.
As propostas de alteração às leis da nacionalidade e imigração do Governo, assim como os projetos do Chega, foram remetidas à fase de especialidade sem terem sido votadas na sua generalidade.