Casal israelita detido por alegada espionagem em benefício do Irão
As autoridades de Israel prenderam um casal na casa dos 30 anos por espionagem a favor do Irão, elevando para cinco o total de detenções esta semana.

A polícia israelita anunciou a detenção de um casal na casa dos 30 anos, suspeito de realizar atividades de espionagem em favor do Irão. Com esta prisão, o número total de indivíduos detidos desde segunda-feira sobe para cinco, conforme reportado pela agência de notícias EFE.
Os detidos foram capturados na cidade de Raanana, no norte de Israel, após uma investigação que durou cerca de uma semana, sob a supervisão do Shin Bet, o serviço de informações internas. Durante a operação, foram revistadas as instalações residenciais do casal, onde foram apreendidos diversos telemóveis, computadores e outros dispositivos tecnológicos. Também foram encontrados indícios de correspondência entre o casal e o seu alegado operador.
A polícia não forneceu detalhes específicos sobre os motivos da detenção. Entretanto, soube-se que, na mesma semana, três cidadãos israelitas foram detidos em casos separados, suspeitos de colaborarem com agentes iranianos. Um dos indivíduos havia sido apanhado a transportar uma granada a pedido de um contacto iraniano, enquanto outro foi acusado de filmar a interceção de um míssil e enviar o vídeo ao seu operador.
Além disso, um homem de 30 anos da localidade de Rishon LeZion foi formalmente acusado de estabelecer contacto com um agente iraniano via Telegram, realizando tarefas em troca de compensação financeira, no âmbito duma série de operações contra cidadãos israelitas suspeitos de espionagem.
Esta escalada de tensões ocorre num contexto de conflitos entre Israel e Irão. Israel levou a cabo um ataque surpresa contra o Irão a 13 de junho, alegando que Teerão estava prestes a conseguir uma bomba nuclear, o que seria uma grave ameaça para a segurança nacional de Telavive. Como resposta, os Estados Unidos bombardearam três instalações nucleares iranianas a 21 de junho, levando a um cessar-fogo mediado por Washington três dias depois. A contagem de vítimas é alarmante, com mais de 900 mortos no Irão, a maioria civis, e 28 em Israel, segundo fontes oficiais.