Condenação de ex-vice-ministro da Defesa russo a 13 anos de prisão
Timur Ivanov, antigo vice-ministro da Defesa da Rússia, foi sentenciado a 13 anos de prisão por corrupção e branqueamento de capitais, num caso que abala as estruturas militares do país.

O tribunal de Moscovo aplicou hoje uma pena de 13 anos de prisão a Timur Ivanov, ex-vice-ministro da Defesa da Rússia, devido a irregularidades financeiras e branqueamento de capitais. Este ex-alto responsável, que esteve no cargo entre 2016 e 2024, foi detido em abril de 2024 sob suspeita de envolvimento em corrupção ligada à gestão de infraestruturas militares.
De acordo com o juiz Sergei Podoprigorov, Ivanov também foi condenado a pagar uma multa de 100 milhões de rublos, o equivalente a aproximadamente um milhão de euros. A agência TASS reportou que o Ministério Público tinha anteriormente requisitado uma pena ainda mais severa, de 14 anos e meio de prisão.
A acusação centra-se no desvio de mais de 216 milhões de rublos (cerca de 2,3 milhões de euros) associados à compra de ferries no Estreito de Kerch e à retirada de mais de 3,9 mil milhões de rublos do banco Interkommerts. Além das acusações que resultaram nesta condenação, Ivanov enfrenta ainda um segundo processo por supostos subornos que totalizam 1,3 mil milhões de rublos (mais de 14 milhões de euros), em que os empresários envolvidos admitiram ter cometido o crime.
A situação de Ivanov reflete um cenário de crescente repressão contra a corrupção no seio do governo russo, com vários altos oficiais militares a serem julgados desde 2024. Ivanov, que desde o início do processo declarou-se inocente, é um dos nomes mais notórios deste contexto de purga no exército russo, que começou com a reeleição de Vladimir Putin e levou à reestruturação do Ministério da Defesa.