Descobrimento de corpos em El Paso levanta questões sobre práticas funerárias irregulares
Quase 400 cadáveres foram descobertos em El Paso, Texas, supostamente num crematório clandestino. Investigações revelam que as famílias receberam cinzas falsas de entes queridos.

Um chocante achado foi feito em El Paso, Texas, onde foram descobertos cerca de 400 corpos num edifício que se suspeita ser um crematório clandestino. Esta descoberta levanta sérias preocupações sobre as práticas funerárias na área, uma vez que, segundo as autoridades, os corpos poderão ter estado no local entre três a quatro anos.
As investigações preliminares indicam que estes corpos têm origem em seis casas mortuárias distintas, que alegadamente teriam enviado os cadáveres com o propósito de serem cremados. Contudo, as famílias dos falecidos estão a ser informadas de que receberam as cinzas de seus entes queridos, sem que estes tenham sido efetivamente cremados.
O governador de Chihuahua apontou que a entidade envolvida terá fornecido “centenas de falsas informações às empresas funerárias”, comprometendo assim a narrativa em torno das cerimónias funerárias. De acordo com informações do Daily Mail, foram encontrados 383 corpos e 6 restos mortais, a maioria dos quais aparentava estar embalsamada, conforme revelado durante uma conferência de imprensa.
As razões para a não cremação ou sepultamento dos corpos ainda permanecem um mistério, e o governador afirmou que o crematório era operado por "indivíduos irresponsáveis e sem escrúpulos, que abusaram das licenças e autorizações em seu poder". José Luis Arellano Cuarón, o proprietário do local, juntamente com um funcionário, foi detido e enfrenta acusações de eliminação inadequada de corpos.
Embora o proprietário tivesse obtido licenças para operar, a legalidade e as condições da operação em questão não estão claras. A descoberta dos cadáveres ocorreu após um alerta recebido pelos serviços policiais na última quinta-feira.
As autoridades estão a investigar se os corpos encontrados foram vítimas de homicídio. Uma chamada à ação foi feita para que as famílias que suspeitem que os seus entes falecidos possam estar no local entreguem-se às autoridades, munidos de documentação para identificação e informações sobre as casas funerárias que contrataram.