Lamentos pela perda de Diogo Jota e André Silva ressoam em Paços de Ferreira

José Pinto, que dirige a formação do Paços de Ferreira há 15 anos, expressou a sua tristeza ao tomar conhecimento da trágica notícia da morte de Diogo Jota e do irmão André Silva. "Fiquei em choque. Foram meus jogadores no Paços, e ainda estou aturdido", começou por dizer em declarações à agência Lusa.

Com uma longa experiência no clube, José Pinto recordou a "grande personalidade" de ambos, sublinhando a sua tranquilidade e a imensa vontade de vencer que demonstravam. "A qualidade do Diogo é indiscutível e o André também era talentoso, embora não tenha alcançado a mesma notoriedade. O que mais me vem à mente é a sua dedicação e ética de trabalho", referiu.

O diretor destacou ainda o impacto de Diogo Jota na formação jovem do clube, relembrando momentos em que ele ajudou os mais novos na integração. "Conheci o Diogo quando o vi jogar pelo Gondomar, ainda adolescente. Ele esteve connosco, ajudando os miúdos a adaptarem-se, e nunca esqueceu as suas origens, mantendo sempre uma ligação forte ao Paços", completou.

Diogo Jota, de 28 anos, jogava no Liverpool, onde conquistou vários troféus e se destacou como um dos melhores jogadores da sua geração. O seu irmão, André, de 26 anos, também deixou um legado que não será esquecido. Ambos perderam a vida num trágico acidente na A52, em Cernadilla, Zamora, Espanha.

Na seleção portuguesa, Diogo contabilizou 49 internacionalizações e contribuiu para conquistar duas Ligas das Nações. Recentemente, casou e era pai de três filhos, o que torna a sua perda ainda mais dolorosa.