"Reacções nos EUA às Acusações de Albanese sobre Israel"

O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, anunciou sanções contra Francesca Albanese, a relatora especial da ONU para os territórios palestinianos ocupados, devido ao que classifica como uma campanha política e económica anti-EUA e Israel. Segundo Rubio, a administração americana não permitirá tal comportamento e reafirmou o apoio incondicional à autodefesa dos seus aliados.

Acusando Albanese de "antissemitismo evidente", Rubio referiu que a jurista italiana tem promovido uma "guerra económica" dirigida a Washington e Telavive. Albanese, por seu lado, denunciou Israel por alegadas violações de direitos humanos, incluindo acusacões de genocídio na Faixa de Gaza desde o início de uma ofensiva militar há 21 meses contra o grupo Hamas.

As sanções resultam de uma ordem executiva assinada anteriormente pelo ex-Presidente Donald Trump, que visava impedir a cooperação com o Tribunal Penal Internacional (TPI), relacionado com as investigações sobre Israel. Rubio associou Albanese a uma colaboração direta com o TPI, que já emitiu mandados de captura contra líderes israelitas, incluindo o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, por crimes de guerra.

Rubio argumentou que Albanese não possui as qualificações necessárias para o seu cargo, citando o impacto das suas declarações em relação a Israel, aos EUA e ao Ocidente. A relatora da ONU propôs também que o TPI investigue empresas que se beneficiaram da situação em Gaza, alegando que instituições como Blackrock e Vanguard teriam cometido "graves violações do direito internacional".

O anúncio da sanção ocorreu após um encontro entre Rubio e Netanyahu, em que se discutiram as negociações em curso com o Hamas sobre um possível cessar-fogo e a libertação de reféns detidos na Faixa de Gaza.