Trump divulga novas tarifas sobre importações de seis países

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou hoje a imposição de tarifas de 20% sobre as importações provenientes das Filipinas, assim como taxas que variam entre 25% e 30% para Brunei, Moldávia, Argélia, Iraque e Líbia. Estas medidas deverão entrar em vigor no dia 1 de agosto.

Após um breve período de suspensão das suas "tarifas recíprocas" globais, Trump recorreu a cartas individuais enviadas a cada um dos governos afetados, as quais foram também divulgadas na sua rede social Truth. Nas mensagens, Trump especificou que as tarifas aplicáveis ao Brunei e à Moldávia seriam de 25%, enquanto as tarifas da Argélia, Iraque e Líbia permaneceriam em 30%.

O líder norte-americano advertiu ainda que, caso estes países optem por aumentar as suas próprias taxas sobre produtos americanos, Washington irá somar esse aumento às tarifas já anunciadas.

Além disso, Trump já notificou na segunda-feira alguns dos seus principais aliados comerciais, como Japão e Coreia do Sul, que incorrerão numa taxa de 25% sobre as suas importações. Outras cartas enviadas na mesma data alertaram o Laos e a Birmânia sobre tarifas de 40%, a África do Sul e a Bósnia e Herzegovina sobre 30%, o Camboja e a Tailândia sobre 36%, e a Sérvia e o Bangladesh sobre 35%. A Indonésia será tributada a 32%, enquanto a Malásia, o Cazaquistão e a Tunísia terão uma tarifa de 25%.

O presidente dos EUA adiou o início da aplicação das tarifas, que estava previsto para 9 de julho, para 1 de agosto, com o objetivo de prolongar as negociações comerciais. No entanto, ressalvou que considera as cartas dirigidas aos governos como parte dos acordos.

Trump justifica essas tarifas como uma medida necessária para corrigir anos de políticas que, segundo ele, contribuíram para o défice comercial dos Estados Unidos. Desde que suspendeu as tarifas em abril, os EUA conseguiram estabelecer acordos limitados com a China, Reino Unido e Vietname.

Ainda esta semana, Trump afirmou que, se não houver um entendimento negociado com a União Europeia, enviará uma carta a Bruxelas dentro de "cerca de dois dias" com as suas exigências. Além disso, informou que planeia implementar um imposto de 50% sobre o cobre e estuda a possibilidade de tarifas de até 200% sobre produtos farmacêuticos, caso os fabricantes não se estabeleçam nos Estados Unidos.