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Von der Leyen defende Comissão Europeia contra moção de censura e acusa extremistas de polarizar a democracia

A presidente da Comissão Europeia rejeita moção de censura como uma tentativa de desestabilizar a UE, focando-se nas críticas relacionadas às negociações de vacinas.

há 4 horas
Von der Leyen defende Comissão Europeia contra moção de censura e acusa extremistas de polarizar a democracia

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, manifestou-se hoje contra uma moção de censura apresentada no Parlamento Europeu, classificando-a como originada de "um mundo de conspirações". Durante um debate, Von der Leyen argumentou que a decisão que se apresenta aos eurodeputados é clara: apoiar uma tentativa de divisão ou fortalecer a coesão da União Europeia.

"Hoje, cada um de nós deve avaliar a nossa confiança na Comissão Europeia", afirmou. "O que ouvimos é uma frágil manobra dos extremistas que tentam minar a confiança na democracia e reescrever a história", acrescentou.

A moção, promovida pelo eurodeputado conservador romeno Gheorghe Piperea, critica a troca de mensagens entre Von der Leyen e Albert Bourla, CEO da Pfizer, durante as negociações das vacinas contra a COVID-19 em 2021.

"Podemos optar por seguir o caminho da desinformação de Piperea e considerar isso como uma conspiração, ou podemos reconhecer que se trata de mais uma tentativa de fragmentar as nossas instituições e desvirtuar a união pró-europeia", disse a presidente da Comissão.

Sobre as alegações de ocultação das comunicações com a Pfizer, Von der Leyen sublinhou que se consultaram várias organizações e que as decisões tomadas não prejudicaram os interesses da Europa. "Reduzir estas decisões a ações desfavoráveis é, simplesmente, incorreto", concluiu.

A polémica remonta a 2022, quando o New York Times solicitou acesso às mensagens trocadas entre Von der Leyen e Bourla, o que levou a Comissão a recusar, alegando que não se tratavam de documentos formais. Contudo, esta recusa levantou questões sobre a transparência da Comissão.

Recentemente, o Tribunal Geral da União Europeia declarou que a falta de acesso às mensagens violava princípios de boa administração, acentuando as críticas contra a forma como as vacinas foram negociadas sem os devidos canais de transparência.

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