António Costa exige que a Rússia pague pela destruição na Ucrânia
Na Conferência sobre a Recuperação da Ucrânia em Roma, António Costa reafirmou que a Rússia deve assumir a responsabilidade pela devastação e contribuir para a reconstrução do país.

Durante a IV Conferência sobre a Recuperação da Ucrânia, que decorre em Roma, o presidente do Conselho Europeu, António Costa, destacou a necessidade de responsabilizar a Rússia pela devastação infligida à Ucrânia. Ele salientou que "o agressor deve assumir a responsabilidade de reconstruir o que procurou destruir".
Costa, que fez esta declaração numa reunião que reúne líderes políticos de diversos países, enfatizou que "a reconstrução da Ucrânia exigirá um esforço maciço e sustentado da comunidade internacional", apelando a uma justiça equitativa para dar suporte a este processo.
O ex-primeiro-ministro português sublinhou que a reconstrução vai além da simples restauração de edifícios e implica um foco nas pessoas e nas comunidades locais. "As comunidades locais têm um papel crucial neste processo", afirmou, reconhecendo o impacto que a sociedade civil pode ter na satisfação de necessidades imediatas e na promoção de soluções.
Dirigindo-se ao Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, Costa elogiou a sua liderança na busca por um cessar-fogo e na mobilização de esforços para uma paz sustentável. No entanto, lamentou que a resposta da Rússia tenha sido mais conflito e sofrimento, reiterando que "esta situação tem de acabar".
O líder português reafirmou que "a União Europeia está e continuará a estar ao lado da Ucrânia" para garantir uma paz duradoura, intensificando a pressão sobre Moscovo por meio de sanções e apoio à defesa ucraniana.
A conferência, que conta com a presença de mais de 3.500 participantes, incluindo cerca de 100 delegações oficiais e 40 organizações internacionais, já é a quarta edição desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022.
Na sua abertura, Zelensky denunciou a "escalada de terror por parte da Rússia", pedindo um aumento na ajuda dos aliados e medidas adicionais contra Moscovo. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, também anunciou um fundo europeu destinado a atrair investimentos para a reconstrução da Ucrânia, com a expectativa de mobilizar 500 milhões de euros até 2026.
A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, anunciou ainda que a ajuda prometida para a reconstrução da Ucrânia poderá atingir 10 mil milhões de euros, reafirmando os compromissos na conferência que se prolonga até sexta-feira.