China responde a ameaças dos EUA sobre países do BRICS

A China manifestou hoje a sua oposição à utilização de tarifas como um "instrumento de coerção", em resposta à recente ameaça do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma taxa adicional de 10% a nações que se alinhassem com os BRICS.

A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning, afirmou em conferência de imprensa que "a colaboração entre os países do BRICS é inclusiva, aberta e não tem como alvo qualquer nação específica".

Ela reforçou que a China "sempre se opôs a guerras comerciais e tarifárias", enfatizando que a imposição "arbitrária" de tarifas "não traz benefícios a nenhum país".

Além disso, Mao considerou o BRICS como "uma força positiva na comunidade internacional".

No último domingo, Trump fez uma publicação na rede social Truth Social, onde afirmou: "Qualquer país que se alinhe com as políticas antiamericanas dos BRICS terá de pagar uma tarifa adicional de 10%. Esta política não faz exceções".

O grupo BRICS, que actualmente inclui onze nações do Sul Global e é liderado por China e Rússia, realizou a sua 17ª cimeira de líderes no Rio de Janeiro, com um forte dispositivo de segurança e a ausência notável do Presidente chinês, Xi Jinping, e do líder russo, Vladimir Putin, que participou por videoconferência.