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Duas ondas de calor assolam Portugal em junho

Junho trouxe duas intensas ondas de calor a Portugal continental, afetando 34% das estações meteorológicas com novos recordes de temperatura máxima, segundo o IPMA.

03/07/2025 18:10
Duas ondas de calor assolam Portugal em junho

Portugal continental enfrentou, em junho, a ocorrência de duas ondas de calor, conforme detalhado no relatório do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). A primeira onda de calor ocorreu entre os dias 15 e 20 de junho, envolvendo 12 das 90 estações meteorológicas. Já a segunda fase, que começou a 27 de junho, estendeu-se até os primeiros dias de julho, com cerca de 59% das estações a registrar temperaturas elevadas.

No último domingo, a localidade de Mora, em Évora, destacou-se ao atingir um novo recorde de 46,6 graus Celsius para o mês de junho, revelando o impacto extremo deste fenómeno climático.

Segundo o IPMA, uma onda de calor é definida como um período mínimo de seis dias consecutivos em que a temperatura máxima excede em 5 graus Celsius a média diária do período de referência. Junho foi considerado o mês em que este fenómeno é mais frequente em território continental.

No seu boletim climatológico, o instituto relatou que junho se caracterizou como "muito quente e muito seco", sendo o terceiro junho mais quente desde 1931, com temperaturas médias superiores a 2,14 ºC em relação ao normal. As temperaturas máximas e mínimas também superaram os valores normais, com aumentos de 2,87 °C e 1,40 °C, respetivamente.

Além disto, junho revelou-se como o quarto mais seco dos últimos 94 anos, com uma precipitação inferior à média, alcançando apenas cerca de 20% do valor habitual. O noroeste e o sotavento do Algarve enfrentaram uma seca meteorológica fraca.

A Direção-Geral da Saúde reportou 69 óbitos em excesso durante o período de alerta de calor que começou no passado sábado, a maioria entre indivíduos com 85 anos ou mais.

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