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IL expressa descontentamento pela privatização parcial da TAP

A IL manifestou insatisfação com a decisão do Governo de privatizar apenas 49,9% da TAP, argumentando que a privatização total seria mais benéfica para os portugueses.

há 6 horas
IL expressa descontentamento pela privatização parcial da TAP

A Iniciativa Liberal (IL) fez hoje questão de expressar a sua "profunda desilusão" face à decisão do Governo em apenas avançar com a privatização de 49,9% do capital da TAP. Mário Amorim Lopes, deputado da IL, criticou esta escolha, afirmando que uma privatização total seria a melhor solução, não só para a companhia aérea, mas também para os cidadãos que poderão ser posteriormente chamados a contribuir financeiramente.

Durante uma declaração à imprensa na Assembleia da República, o deputado comentou o anúncio feito pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, que revelou a aprovação do decreto-lei para o início do processo de reprivatização da TAP. Lopes referiu que a abordagem do atual Governo não se distoa da de António Costa, que também defendia soluções limitadas para a TAP.

O deputado sublinhou que a administração da companhia aérea por parte do Estado frequentemente leva a interferências políticas indesejadas que comprometem a sua autonomia e eficiência. "Para o bem da TAP e dos portugueses, é essencial que se termine com a gestão estatal em empresas operando em mercados competitivos", frisou.

Lopes ainda alertou para os riscos de nova injeção de capital por parte do Estado, caso a TAP não se torne financeiramente viável, visto que o Estado continuará a ser o acionista maioritário. "Queremos que a TAP funcione de forma independente, sem a sobrecarga do Governo e sem o uso de fundos públicos", concluiu.

O processo de privatização permitirá que o Governo venda até 49,9% da companhia, reservando ainda uma quota de 5% para os seus trabalhadores, conforme estipula a legislação de privatizações. Esta iniciativa marca uma mudança significativa, dado que em 2020 a TAP havia sido nacionalizada devido aos efeitos da pandemia no setor aéreo. O decreto-lei sobre a privatização também terá de ser aprovado pelo Presidente da República, que já vetou uma proposta anterior do Governo de António Costa para este efeito.

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