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"Justiça Tardia: Idoso de 92 anos Sentenciado por Homicídio de 1967"

Ryland Headley, britânico de 92 anos, foi condenado a prisão perpétua pela violação e homicídio de Louisa Dunne, com 75 anos, num caso resolvido quase 60 anos depois.

01/07/2025 23:20
"Justiça Tardia: Idoso de 92 anos Sentenciado por Homicídio de 1967"

Ryland Headley, um homem britânico com 92 anos, foi declarado culpado, na terça-feira passada, pela violação e morte de Louisa Dunne, uma mulher de 75 anos, crime cometido em 1967. A sentença foi proferida no Tribunal da Coroa de Bristol, onde o juiz sublinhou que Headley "nunca será libertado e morrerá na prisão".

Este caso, um dos mais antigos por resolver no Reino Unido, teve início a 28 de junho de 1967, quando Headley invadiu a casa da vítima, localizada no oeste da Inglaterra, e a estrangulou após a violação. O juiz Derek Sweeting descreveu o ato como um "crime impiedoso e cruel de um homem depravado", refletindo ainda sobre o profundo desrespeito pela vida humana evidenciado nesta atrocidade.

Headley, que à época dos crimes tinha 34 anos, deixou impressões digitais numa janela ao invadir a residência de Dunne. Apesar de uma vasta investigação à época, que incluía a recolha de amostras de mais de 19 mil homens, não se chegou a uma conclusão. O suspeito mover-se-ia posteriormente da área e, nos anos 70, foi responsável por outros ataques a mulheres idosas, cumprindo pena na altura.

A reabertura do caso em 2023 pela polícia de Avon e Somerset, devido ao avanço tecnológico nas análises forenses, possibilitou a identificação do ADN de Headley, encontrado na vítima. Elementos de provas recolhidos em 2012, durante uma detenção por outro crime, foram cruciais para o seu condenação.

A presença da neta de Dunne, Mary Dainton, na leitura da sentença foi significativa. Ela expressou o seu choque e a dor emocional que sentiu, reconhecendo a dificuldade de lidar com um crime que afetou a sua família para sempre.

O juiz ressaltou que a evasão de Headley durante tantos anos apenas agravou o sofrimento da família da vítima. Com a condenação, o homem agora enfrentará um período mínimo de 20 anos antes de ser elegível para pedir liberdade condicional.

A procuradora Charlotte Ream comentou sobre a importância da condenação, afirmando que representa o compromisso das autoridades em assegurar que a justiça é feita, independentemente do tempo que tenha passado.

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