Libertação de Tikhanovsky é celebrada pela Europa e apelam a mais mudanças na Bielorrússia
Ursula von der Leyen aplaude a soltura de Sergei Tikhanovsky, sublinhando a importância da libertação de prisioneiros políticos e a resistência ao regime de Lukashenko.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, expressou hoje a sua satisfação pela libertação de Sergei Tikhanovsky, uma destacada voz da oposição bielorrussa, exortando Minsk a libertar todos os outros prisioneiros políticos.
"Esta é uma notícia extraordinária, simbolizando esperança para todos aqueles que vivem sob o regime opressivo do Presidente Lukashenko", afirmou von der Leyen.
Numa mensagem partilhada na plataforma X, ela reiterou: "A Europa continua a exigir a sua libertação imediata".
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Lituânia, Kestutis Budrys, confirmou que 14 prisioneiros políticos, incluindo Tikhanovsky, foram libertados e estão agora "em segurança na Lituânia, recebendo o apoio necessário".
A libertação de Tikhanovsky, de 46 anos, ocorreu após a sua condenação em 2021 por supostos crimes relacionados com a organização de motins e incitação ao ódio. Ele foi preso em maio de 2020, poucos dias antes das eleições presidenciais, que foram marcadas por uma onda de protestos e uma repressão severa.
Svetlana Tikhanovskaya, esposa de Sergei e também uma figura proeminente da oposição, agradeceu aos líderes dos Estados Unidos e aos seus aliados europeus por terem contribuído para a libertação do marido.
Antes de sua detenção, Tikhanovsky era um conhecido blogger e apresentador de um canal no YouTube, onde planejava desafiar Lukashenko, que ocupa a presidência desde 1994.
Após a prisão de Sergei, Svetlana tornou-se a nova líder da oposição, mobilizando protestos massivos durante a campanha eleitoral. Apesar de ter sido declarado vencedor das eleições com 80% dos votos, Lukashenko enfrentou semanas de manifestações contra o que muitos acusaram de fraude eleitoral.