Economia

Portugal reafirma compromisso com a NATO em meio a desafios globais

O ministro das Finanças garantiu que Portugal não ficará atrás em matéria de defesa, enquanto o país se prepara para aumentar os investimentos nesta área, especialmente na cimeira da NATO em Haia.

21/06/2025 10:30
Portugal reafirma compromisso com a NATO em meio a desafios globais

A poucos dias da cimeira da NATO, que se realizará na cidade de Haia, marcada por tensões internacionais, Joaquim Miranda Sarmento, ministro das Finanças de Portugal, afirmou que o país “não será dos mais rápidos”, mas “não ficará para trás” no que diz respeito aos investimentos em defesa. O ministro enfatizou a importância de Portugal na defesa da fronteira do Atlântico Norte, uma responsabilidade crítica no contexto atual.

Miranda Sarmento sublinhou que “um crescimento da despesa nos próximos anos” está previsto, com a meta de atingir 2% do PIB em investimentos em defesa ainda este ano. Para tal, o governo irá gerir o orçamento com rigor, garantindo o fortalecimento da defesa, a melhoria da proteção social e o equilíbrio das contas públicas.

“Esta gestão já está a ser realizada e continuará a ser feita, com um critério cada vez mais apurado nas escolhas orçamentais”, disse o ministro. Ele mencionou que Portugal adotará o conceito de despesas da NATO, analisando se gastos adicionais já existentes em outros ministérios podem ser contabilizados para atingir os objetivos desejados.

Além disso, Miranda Sarmento garantiu que as capacidades de defesa do país serão ampliadas, sendo realizada uma análise ponderada para salvaguardar o equilíbrio das contas públicas.

A cimeira da NATO, que se realizará na terça e quarta-feira, abordará a urgência do aumento dos gastos em defesa, com o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, propondo que os países aliados almejem destinar 3,5% do PIB a despesas militares e 1,5% a infraestruturas de dupla utilização. As metas temporais para estas despesas ainda estão a ser definidas.

O governo português anunciou um avanço na meta de 2% do PIB para 2025. Em 2024, o investimento em defesa foi de aproximadamente 4.480 milhões de euros, cerca de 1,58% do PIB, posicionando Portugal entre os países aliados com menor despesa militar. O primeiro-ministro Luís Montenegro e os ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa representarão Portugal na cimeira.

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