Moldova diante de uma chance histórica para a integração na União Europeia
Ursula von der Leyen destaca a oportunidade única da Moldova para o avanço na adesão à UE, revelando investimentos significativos e a promessa de apoio contínuo na busca por reformas.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, declarou hoje que a Moldova se encontra numa posição privilegiada, tendo uma "oportunidade histórica" para acelerar o seu processo de adesão à União Europeia (UE). Esta afirmação foi feita no início da primeira cimeira entre a UE e a Moldova, que decorre em Chisinau, a capital moldava.
Von der Leyen destacou que, há cerca de oito meses, a população moldava tomou uma decisão crucial, ao inscrever na sua Constituição o objetivo de adesão ao bloco europeu. "O progresso está ao alcance", afirmou, garantindo que as negociações vão dar início "assim que possível".
A líder da Comissão Europeia informou que, no âmbito do plano de crescimento de 1,9 mil milhões de euros lançado no ano anterior, já foram disponibilizados 270 milhões de euros, cujo investimento será aplicado na construção de um hospital, no aquecimento de partes de Chisinau e na diminuição dos custos de eletricidade e gás.
Durante a cimeira, Von der Leyen anunciou ainda que, a partir de agora, os cidadãos moldavos não terão mais encargos de 'roaming' ao viajarem para países da UE. "Estamos totalmente comprometidos em ajudar a Moldova a alcançar o seu sonho europeu", concluiu a presidente.
A cimeira tem como objetivo fortalecer as relações e a cooperação entre a Moldova e a UE, assinalando a primeira vez que os líderes se reúnem desde 2022. O evento é presidido por António Costa, presidente do Conselho Europeu, e Maia Sandu, chefe de Estado moldava.
Espera-se que a reunião conclua com uma declaração conjunta que reitere o compromisso dos 27 países da UE em apoiar a Moldova em seu caminho de reformas necessárias para a adesão, um processo que ganhou impulso após a invasão russa da Ucrânia.
A Moldova, que enfrenta desafios como a ocupação da Transnístria por separatistas russos e ameaças híbridas, tem visto um aumento na segurança de sua democracia. A declaração final da cimeira irá reforçar o "compromisso inequívoco" da UE com a "soberania, segurança e resiliência" do país.
Desde que apresentou a sua candidatura à UE em março de 2022 e obteve o estatuto de país candidato em junho do mesmo ano, a Moldova iniciou negociações formais em junho de 2024, abrangendo múltiplos capítulos cruciais que devem ser concluídos.