ONG tenta alertar para a tragédia da guerra em Gaza após a morte de um dos seus membros

A ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF) manifestou, esta quarta-feira, a sua consternação pela morte do ex-colaborador Abdullah Hammad, que perdeu a vida a 3 de julho, vítima de disparos das forças israelitas em Gaza, na Palestina.

No comunicado oficial emitido hoje, a MSF destacou que, com esta tragédia, já são 12 os colegas que faleceram em Gaza desde o início do conflito. "Lamentamos profundamente a perda de Abdullah Hammad, que era um profissional dedicado e que trabalhou na clínica Al-Mawasi por um ano e meio até 30 de junho", pode ler-se na nota.

A ONG confirmou que Abdullah foi atingido quando um grupo de pessoas, entre as quais se encontrava, aguardava, sem aviso prévio, a chegada de camiões com ajuda alimentar, em Khan Younis, no sul de Gaza. O ataque, apontado como deliberado, resultou na morte de pelo menos 16 pessoas, de acordo com informações de equipas médicas do hospital Nasser.

A MSF alerta que este incidente não é isolado, referindo um episódio similar ocorrido em 17 de junho na mesma área. "Estamos profundamente chocados e tristes com esta brutalidade", reiteraram.

Após o ataque, Abdullah foi rapidamente transportado para o hospital Nasser, mas não sobreviveu aos ferimentos. "Neste momento, os nossos pensamentos estão com a família de Abdullah, incluindo a sua irmã Zainab e os seus irmãos Karam e Bahaa, que também estão ao serviço da MSF", conclui a ONG.

A MSF faz um apelo urgente ao fim deste ciclo de violência, reivindicando a proteção de todos os trabalhadores humanitários na região.