Pequim reafirma controle sobre sucessão do Dalai-lama
O governo chinês reafirma que qualquer sucessor do Dalai-lama deve ser ratificado por Pequim, no dia em que o líder espiritual tibetano assegura a continuidade da sua linhagem.
A China reiterou, nesta quarta-feira, que o futuro sucessor do Dalai-lama terá de ser "aprovado pelo Governo central". Esta declaração do governo chinês surgiu no mesmo dia em que o Dalai-lama, que tem 89 anos, fez uma afirmação clara sobre a continuidade da sua linhagem espiritual.
Em conferência de imprensa, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Mao Ning, destacou que a "reencarnação de figuras budistas de grande relevância, como o Dalai-lama e o Panchen Lama, deve ser determinada através de um sorteio na Urna Dourada, e essa escolha deverá ser posteriormente validada pelas autoridades centrais".
O Dalai-lama também declarou que o processo de sucessão seguirá as tradições do budismo tibetano, reiterando a autonomia espiritual que considera essencial para a linhagem.