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UNRWA expressa urgência de trégua em Gaza, realçando a grave situação humanitária

A UNRWA alertou que a situação em Gaza é crítica e pediu um cessar-fogo imediato, enquanto as negociações entre Israel e Hamas se intensificam no Qatar.

há 4 horas
UNRWA expressa urgência de trégua em Gaza, realçando a grave situação humanitária

Hoje, Philippe Lazzarini, líder da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos (UNRWA), fez um apelo dramático através das redes sociais ao afirmar que “Gaza está a morrer” e enfatizou a necessidade urgente de um cessar-fogo.

A mensagem de Lazzarini surge num contexto onde se aguardam desdobramentos das discussões sobre um novo acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas, após a violação do acordo anterior em março e o agravamento da ofensiva militar israelita nos últimos dias.

No Qatar, foram retomadas as negociações indiretas entre as partes, com a expectativa do Presidente Donald Trump de que um entendimento possa ser alcançado esta semana. Trump está a reunir com o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu em Washington e mencionou uma “boa hipótese” de se avançar para um novo cessar-fogo, após 21 meses de conflito devastador.

No entanto, segundo uma fonte palestiniana próxima das discussões, ainda não houve “nenhum avanço” nas negociações que ocorreram pela manhã em Doha. Essa fonte assegurou que as conversações continuarão durante a noite.

Os pontos principais em discussão incluem um cessar-fogo de 60 dias, a libertação de metade dos reféns mantidos pelo Hamas e a abertura de rotas terrestres para a entrada de ajuda humanitária. Segundo o plano proposto, os Estados Unidos garantiriam a trégua de Israel e pausariam os voos militares durante parte do dia.

Em troca, Israel libertaria um número ainda não definido de prisioneiros palestinianos, mas exigiria que o Hamas apresentasse “provas de vida” dos reféns restantes num prazo específico após o início da trégua.

O acordo também prevê a prestação de assistência humanitária e a autorização da entrada de materiais para reconstruir infraestruturas essenciais, como água e eletricidade.

A retirada gradual das forças israelitas do norte e sul de Gaza, bem como um cronograma para a libertação dos prisioneiros palestinianos, estão igualmente em discussão. Mais adiante, as negociações deverão avançar em direção a uma trégua permanente e acordos de segurança de longo prazo, com mediadores como Egito, Qatar e Estados Unidos a supervisionarem a implementação do acordo.

O atual conflito teve início em 7 de outubro de 2023, após um ataque do Hamas em solo israelita, resultando na morte de cerca de 1.200 civis e mais de 200 reféns. Em resposta, Israel lançou uma operação militar em Gaza, que já causou mais de 57.000 mortes, devastando as infraestruturas e deslocando centenas de milhares de pessoas.

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