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Urgência do Hospital de Faro enfrentando elevada pressão devido a picos de afluência

O Hospital de Faro regista um aumento significativo de utentes na urgência, afetando os tempos de espera. Medidas estão a ser implementadas para mitigar os constrangimentos, segundo a administração.

há 5 horas
Urgência do Hospital de Faro enfrentando elevada pressão devido a picos de afluência

O Hospital de Faro tem vindo a experienciar picos "anormalmente altos" de afluência de utentes que chegam ao Serviço de Urgência deambulados por ambulâncias, o que tem provocado repercussões nos tempos de espera, como reconheceu hoje a administração da Unidade Local de Saúde (ULS) do Algarve.

Após reportagens da TVI sobre a acumulação de ambulâncias nas imediações da urgência, onde aguardavam para que os doentes transportados fossem atendidos, a ULS foi questionada, confirmando que o aumento súbito está relacionado com a complexidade dos casos tratados, resultando em constrangimentos que exigem acomodação dos pacientes.

A administração hospitalar mencionou que a Direção Clínica está a implementar várias medidas para mitigar estas dificuldades, embora não tenha especificado quais. A situação tem-se agravado, especialmente durante a época estival, quando o número de visitantes na região aumenta consideravelmente.

Alda Pereira, representante do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) no Algarve, assinalou que essa alta afluência é uma tendência anual no verão, mas criticou a falta de preparação em termos de recursos humanos. A região frequentemente vê a sua população triplicar ou quadruplicar, e o plano de verão parece não atender a estas realidades.

Com a escassez de enfermeiros, o serviço de urgência, que deveria ter mais de 80 profissionais, está a operar com cerca de 70, situação que se repete em várias áreas do hospital. Essa falta de pessoal não só aumenta a pressão sobre os profissionais em serviço como também resulta em esgotamentos e saídas de pessoal, reduzindo ainda mais as equipas disponíveis.

Este cenário leva a um aumento dos tempos de espera e a uma diminuição da eficiência na avaliação dos utentes. Alda Pereira enfatizou que, apesar dos esforços para recrutar enfermeiros, a motivação dos profissionais é essencial para melhorar a situação. A reflexão desta crise de pessoal afeta todos os serviços, abalando a qualidade do atendimento prestado.

A Lusa tentou contactar representantes sindicais da classe médica, mas as tentativas foram infrutíferas.

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