A onda de calor em Portugal causa 69 mortes adicionais entre os mais velhos
O período de alerta de calor, a partir de 28 de junho, resultou em 69 óbitos em Portugal continental, com maior incidência em indivíduos com 85 anos ou mais.

Dados preliminares da Direção-Geral da Saúde (DGS) revelam que, durante o alerta de calor que começou no dia 28 de junho de 2025, Portugal continental registou um total de 69 mortes a mais do que o esperado. Este aumento de mortalidade afetou principalmente pessoas com 85 anos ou mais.
A DGS afirma que, segundo o índice Ícaro, que avalia o efeito das temperaturas na mortalidade, é "provável que se continue a observar um impacto significativo nas próximas três dias, o que poderá levar a uma revisão para cima dos números de óbitos em excesso."
O calor extremo é um conhecido fator de risco para a saúde, podendo causar desidratação e agravar doenças crónicas, entre outros problemas. Em preparação para esta onda de calor, a DGS lançou, no dia 25 de junho, várias recomendações de proteção à população, utilizando as informações do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) e parceiros.
As 31 estações meteorológicas que atingiram ou superaram os seus máximos históricos de temperatura em junho foram relevantes para este fenómeno. Entre elas, destacou-se a estação de Mora, Évora, que registou um alarmante 46,6 graus Celsius.
Ainda durante o passado fim de semana, cerca de 82% das estações meteorológicas reportaram temperaturas superiores a 35°C, e aproximadamente 37% superaram os 40°C. O dia 29 de junho foi o mais quente do mês, com uma temperatura média máxima de 38,5°C, muito acima da média mensal.
A DGS assegura que continuará a monitorizar a situação, atualizando as informações conforme necessário, enquanto as temperaturas continuam a apresentar leituras alarmantes em várias regiões do país.