Política

Chega acusado de hipocrisia no caso da venda do Novo Banco

Paulo Raimundo critica o Chega por ignorar a venda do Novo Banco, chamando a atenção para o escândalo financeiro em detrimento de outras comissões parlamentares.

20/06/2025 20:10
Chega acusado de hipocrisia no caso da venda do Novo Banco

Paulo Raimundo, secretário-geral do PCP, não poupou críticas ao Chega durante a apresentação do candidato da Coligação Democrática Unitária (CDU) à Câmara Municipal de Coimbra, Francisco Queirós. O dirigente comunista denunciou a "hipocrisia" do partido pela sua inação em relação à controvérsia sobre a venda do Novo Banco, considerando-a uma "golpada".

Raimundo sublinhou que, enquanto o Chega procura motivos para criar comissões de inquérito sobre temas como a imigração, permanece em silêncio acerca de um negócio que envolveu oito mil milhões de euros em recursos públicos. "Nem sequer uma palavra sobre esta operação, que permite o enriquecimento de certos grupos à custa do povo", criticou.

Ainda no seu discurso, o líder do PCP fez referência ao lucro exorbitante que um fundo americano obteve após a compra do banco, frisando que a população acabou por arcar com os custos. "Pagamos, mas não vemos retorno. Uma entre tantas negociatas à nossa custa", lamentou.

Raimundo afirmou ser estranho que, diante de um escândalo financeiro que gera perdas superiores a seis mil milhões de euros, o Chega prefira investigar questões menos centrais. "Estas ações revelam a verdadeira natureza do partido", disparou.

Durante a sua intervenção, Raimundo defendeu também a necessidade de cumprir a Constituição, em especial os artigos que garantem direitos fundamentais como a habitação e a saúde. "O artigo 46 deve ser respeitado, pelo que exige o nosso povo”, enfatizou, gerando forte apoio entre os presentes que gritaram slogans como "25 de Abril sempre, fascismo nunca mais".

A apresentação de Francisco Queirós focou em um compromisso com os trabalhadores municipais, a defesa dos espaços verdes e a melhoria dos transportes públicos, após um percurso cheio de energia nas ruas de Coimbra, que repleta de palavras de ordem como: "A CDU avança com toda a confiança" e "A cultura é um direito".

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