Aumento das tensões: Putin reforça a tríade nuclear da Rússia
O presidente russo alerta que a NATO fomenta uma corrida armamentista global, enquanto anuncia novos investimentos no arsenal nuclear russo.

Vladimir Putin, em um pronunciamento ao público, expressou preocupações sobre a NATO, alegando que a aliança está a instigar uma corrida ao armamento em escala mundial. O presidente russo fez este alerta enquanto anunciava planos para fortalecer a tríade nuclear da Rússia, que inclui bombardeiros Tu-160M e mísseis balísticos intercontinentais RS-24 Yars.
Durante a sua intervenção, transmitida ao vivo pela televisão russa, Putin referiu que, na próxima cimeira da NATO em Haia, será apresentado um programa destinado a aumentar significativamente o poderio militar da Aliança. Ele criticou a NATO, afirmando que os seus Estados-membros já investem em defesa "mais do que todos os países do mundo juntos", conforme reportado pela agência Interfax.
Putin sublinhou que a NATO justifica a sua militarização com a ideia de que a Rússia representa uma ameaça, uma noção que considera uma "mentira descarada", ironizando sobre as narrativas que repetidamente ligam Moscovo a potenciais invasões. Ele fez uma analogia à situação militar na Ucrânia, que continua a ser um tema recorrente.
Além disso, o presidente confirmou que a Rússia irá continuar a dedicar recursos à sua tríade nuclear, com a entrada em produção de novos mísseis Yars e bombardeiros Tu-160M. O anúncio incluiu a informação sobre a produção em série do míssil de médio alcance Oreshnik, o qual, segundo Putin, demonstrou um destacável desempenho em combate.
A Rússia já fez uso deste míssil hipersónico nas operações militares contra a Ucrânia, intensificando assim o debate sobre a segurança global e a militarização na região.