Aumento do crédito à economia angolana alcança 29% em maio
O Banco Nacional de Angola anunciou um crescimento do crédito à economia para 6,2 biliões de kwanzas, o que equivale a 5,9 mil milhões de euros, refletindo um aumento significativo face ao ano anterior.
Em maio, o crédito à economia angolana experimentou um expressivo crescimento de 1,4 biliões de kwanzas (aproximadamente 1,3 mil milhões de euros), representando uma subida de 29% em comparação com o período homólogo, conforme reportado pelo Banco Nacional de Angola (BNA).
O 'stock' global de crédito à economia atingiu 6,2 biliões de kwanzas (cerca de 5,9 mil milhões de euros). No que diz respeito ao crédito bruto destinado ao setor real, este totalizou 1,6 biliões de kwanzas (equivalente a 1,5 mil milhões de euros), refletindo um incremento de 23,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. Este aumento é impulsionado principalmente pelo crescimento das disponibilidades para a indústria extrativa, que subiu 189 mil milhões de kwanzas (cerca de 181,4 milhões de euros).
De acordo com o relatório do BNA, o montante total de crédito concedido para apoiar o setor real foi de 1,3 biliões de kwanzas, correspondendo a 83,3% do crédito total direcionado a este setor e 17,3% da carteira de crédito bruto das instituições financeiras.
No período em análise, a distribuição do crédito ao setor real destacou-se pelo subsetor da indústria transformadora, que representa 44,2%, seguido pelas indústrias extrativas com 33,7%, enquanto a agricultura, produção animal, caça, florestas e pescas acumulam 22,1%.
Em termos de endividamento, o setor não financeiro acumulou 7,8 biliões de kwanzas (aproximadamente 7,4 mil milhões de euros), com 87,6% deste montante a ser atribuído ao setor privado, que inclui tanto empresas como particulares.
O endividamento do setor público não financeiro, sem considerar títulos, totalizou 966,9 mil milhões de kwanzas (cerca de 928,4 milhões de euros), sendo que 65,8% pertence à administração pública e 34,2% diz respeito a empresas públicas.
Por outro lado, o endividamento de empresas privadas e particulares registou um aumento significativo, passando de 6 biliões de kwanzas (aproximadamente 5,7 mil milhões de euros) em maio de 2024 para 6,8 biliões de kwanzas (cerca de 6,5 mil milhões de euros) este ano, com o segmento de empresas privadas não financeiras a totalizar 5,3 biliões de kwanzas (cerca de 5 mil milhões de euros) e o de particulares a alcançar 1,5 biliões de kwanzas (aproximadamente 1,4 mil milhões de euros).