"Controvérsia Linguística Abala Votação do Orçamento na Madeira"
O uso de calão pelo secretário do Turismo provocou reações acesas no Parlamento Regional, onde foram debatidos o Orçamento e o Plano de Investimentos para 2025.

A votação do Orçamento da Madeira para 2025, no valor de 2.533 milhões de euros, foi marcada por uma controvérsia significativa relacionada com declarações do secretário regional do Turismo, Eduardo Jesus. O líder do JPP, partido da oposição com 11 deputados, criticou o uso de expressões ofensivas por Jesus, dirigidas a duas deputadas do PS e um deputado do JPP, considerando a situação como "episódios lamentáveis".
Élvio Sousa, igualmente secretário-geral do JPP, expressou descontentamento pela falta de confrontação do presidente do governo, Miguel Albuquerque, referindo que "um governo assim é igualmente um governo mal-educado". O orçamento foi aprovado com os votos a favor da maioria PSD/CDS-PP, com o JPP e PS a votarem contra e o Chega e IL a abstenção.
O plano de investimentos do governo, totalizando 1.044 milhões de euros, também recebeu a luz verde da maioria governamental, enquanto o PS votou contra. Durante o debate, Paulo Cafôfo, líder do PS, demandou a demissão de Eduardo Jesus, sublinhando que o respeito deve prevalecer em todas as esferas governamentais.
Jesus, em resposta às críticas, pediu desculpas à presidente da Assembleia Legislativa, mas reiterou a importância do orçamento, apesar das alterações rejeitadas pela maioria. O deputado da IL, Gonçalo Maia Camelo, e o deputado do PSD, Brício Araújo, também comentaram a questão da linguagem utilizada, mas Araújo questionou a forma como o JPP reagiu a insultos noutras instituições.
Miguel Castro, do Chega, alegou que o Orçamento não aborda as necessidades reais da região e adotou uma postura de abstenção, enquanto a deputada do CDS-PP, Sara Madalena, reconheceu que, apesar de não ser perfeito, é "ponderado e responsável".