Europa deve agir contra o programa nuclear do Irão, defende André Ventura
O líder do Chega, André Ventura, afirma que a Europa não pode permitir que o Irão desenvolva armas nucleares e salienta a importância de a força ser uma opção legítima para garantir a paz na região.

André Ventura, presidente do Chega, reiterou hoje a posição de que "o Irão não deve ter armas nucleares", afirmando que este é um consenso necessário entre todos os europeus, independentemente da sua nacionalidade. Para Ventura, "a Europa não deve permitir que o Irão possua tais armamentos".
O líder da formação política fez estas declarações durante uma conferência de imprensa em Lisboa, antes de se reunir com a União de Associações do Comércio e Serviços (UACS). Salientou que entende a preocupação de Israel, "a única democracia do Médio Oriente", que partilha uma visão semelhante sobre o potencial armamento nuclear do Irão.
Contudo, Ventura sublinhou que isso não dá carta branca a Israel para agir sem limites, defendendo que "é essencial que exista um controlo e que a Europa tenha um papel na defesa do direito internacional e da paz". Mesmo assim, admitiu que, "por vezes, a única forma de garantir a paz passa pela força", considerando que os líderes iranianos "são sensíveis a essa abordagem".
O presidente do Chega elogiou a posição de Portugal em unir-se a uma ação internacional para evitar que o Irão desenvolva armas nucleares, ao mesmo tempo que deve "exercer uma voz ativa a nível europeu, de modo a que Israel não possa agir arbitrariamente".
Menção ao recente envio de 12 aviões reabastecedores dos EUA para a Base das Lajes, nos Açores, foi feita, sendo que o Ministério da Defesa Nacional esclareceu que estes aviões são para reabastecimento aéreo e não ofensivos.
Ventura frisou que "é crucial que Portugal se alinha com os seus aliados internacionais e potências ocidentais", reforçando que o país deve apoiar as democracias e não as tiranias que restringem os direitos humanos, como é o caso do Irão.
Defendendo que o diálogo não é suficiente, Ventura destacou que "não se pode esperar paz apenas com cravos, poemas e conversas", e criticou os partidos de esquerda por estarem a mostrar "excessiva solidariedade com o Irão".
A guerra entre Israel e o Irão, que resultou em diversos bombardeamentos israelitas e retaliações de Teerão, já causou centenas de vítimas, intensificando a crise com os recentes ataques dos Estados Unidos a instalações nucleares iranianas, incluindo o complexo de Fordo.