Queda significativa da taxa de analfabetismo em Moçambique: de 93% para 38% em 49 anos

O Presidente de Moçambique, Daniel Chapo, anunciou que a taxa de analfabetismo no país caiu de 93% em 1975, ano em que se alcançou a independência, para 38% em 2024. Durante um discurso no Estádio da Independência Nacional, onde se celebraram os 50 anos da libertação, Chapo sublinhou que, apesar do progresso, a erradicação do analfabetismo, particularmente entre as mulheres, permanece um desafio.

"Desde a nossa independência, conseguimos expandir o acesso ao ensino em todos os níveis, quer no aspecto técnico, quer no superior", afirmou o chefe de Estado. Em 1975, Moçambique contava com apenas três institutos de ensino médio, número que subiu para 245 atualmente. Em termos de ensino superior, o país tinha apenas uma universidade há 49 anos e agora possui quase 60 instituições espalhadas por diversas províncias e distritos.

Chapo afirmou também que a infraestrutura de ensino secundário geral cresceu de apenas cinco escolas para impressionantes 2.504, evidenciando um investimento robusto na formação educacional.

Apesar dos avanços, o Presidente destacou que a pobreza e o alto nível de desemprego juvenil representam um dos maiores entraves ao desenvolvimento inclusivo de Moçambique. "Estamos comprometidos em alinhar nossas políticas públicas para fomentar a criação de empregos, facilitar o acesso à habitação para os jovens, reforçar a economia formal e incentivar o empreendedorismo, especialmente em áreas rurais", acrescentou.

As festividades marcaram a presença de vários líderes internacionais, incluindo o Presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, e outros chefes de Estado. O evento foi realizado precisamente no local onde Samora Machel proclamou a independência do país, no início da manhã de 25 de junho de 1975, após décadas de resistência ao colonialismo português.