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Rita Santos retoma funções como Conselheira das Comunidades Portuguesas na China

Após optar por não se candidatar às eleições em Macau, Rita Santos será novamente conselheira das Comunidades Portuguesas do Círculo da China, conforme anunciado por José Pereira Coutinho.

há 5 horas
Rita Santos retoma funções como Conselheira das Comunidades Portuguesas na China

Rita Santos reassumirá a sua posição como Conselheira das Comunidades Portuguesas do Círculo da China, depois de ter optado por não concorrer às eleições legislativas de Macau. A confirmação foi feita por José Pereira Coutinho, deputado português naquela região autónoma da China.

Em outubro, o Conselho das Comunidades Portuguesas (CCP) do Círculo da China tinha já comunicado que Rita suspendeu temporariamente o seu mandato, coincidindo com o plenário mundial do órgão consultivo do Governo português que se realizou em Lisboa.

“Ela [Rita Santos] vai reassumir o papel de conselheira”, afirmou Coutinho durante a apresentação do programa da lista Nova Esperança, em que se incluem candidatos às eleições da Assembleia Legislativa (AL). “Ele [Coutinho] é que diz tudo”, respondeu Rita Santos, acentuando a sua intenção de voltar ao cargo.

A suspensão inicial de 60 dias chegou ao fim em dezembro, mas, em janeiro, Rui Marcelo, membro do CCP, confirmou que Rita tinha optado por prolongar a suspensão para se focar nas eleições para a AL. Embora Coutinho tenha dado garantias sobre a presença de Santos na lista para as eleições de 14 de setembro, ela surpreendeu a todos ao anunciar, minutos antes da apresentação da Nova Esperança, que decidiu não se candidatar para priorizar os momentos em família, especialmente com o seu neto.

No entanto, Rita Santos desmentiu que a sua escolha estivesse relacionada com a investigação em curso pelo Ministério Público (MP) de Portugal, que está a investigar um possível crime eleitoral associado a uma associação da região. O MP de Macau confirmou que estava em processo de recolha de provas a pedido das autoridades judiciais de Portugal.

Coutinho, que também preside à Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau (ATFPM), afirmou que a associação não recebeu qualquer comunicação do MP local acerca da investigação. “Alguém queria, mas não”, concluiu o deputado.

Recentemente, o Partido Socialista (PS) apresentou uma queixa à Comissão Nacional de Eleições (CNE) de Portugal, alegando interferência da ATFPM nas votações por correio para as legislativas. A queixa mencionava a presença de 'voluntários' da ATFPM a abordar eleitores nas proximidades das estações de correio, prática que já tinha sido denunciada em eleições anteriores.

Tanto Coutinho como Santos desmentiram essas acusações, que se somam a queixas semelhantes apresentadas pelo PS nas eleições de 2024 e de 2019. A queixa mais recente foi direcionada ao MP português pela CNE.

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