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Suspeito de agredir Adérito Lopes é oficialmente acusado

O indivíduo que atacou o ator Adérito Lopes junto ao Teatro A Barraca foi constituído arguido. O agressor nega ser neonazi e alega ter agido sob uma falsa ofensa.

há 5 horas
Suspeito de agredir Adérito Lopes é oficialmente acusado

Um jovem de 20 anos, responsável pela agressão ao ator Adérito Lopes, foi constituído arguido na segunda-feira passada, 30 de junho, conforme confirmado pela Procuradoria Geral da República (PGR) ao Notícias ao Minuto. O ataque ocorreu a 10 de junho, Dia de Portugal, em frente ao Teatro A Barraca, em Lisboa.

Segundo informações do Jornal de Notícias, o agressor, alegadamente associado a um grupo neonazi, enfrenta medidas de coação de termo de identidade e residência. O caso encontra-se sob segredo de justiça, mas o suspeito, perante a juíza, reiterou a versão previamente relatada numa entrevista. Ele alega que agrediu Lopes após pensar que tinha sido insultado, negando qualquer ligação à ideologia neonazi.

Relatos indicam que, na véspera do ataque, o agressor esteve a beber com amigos e decidiu ficar na casa de um deles. No dia seguinte, foi convidado para um almoço que reuniu vários indivíduos com tido vínculos neonazis. O jovem afirma que não tinha conhecimento da situação e expressou arrependimento, embora tenha saído do evento na companhia de membros dos Blood and Honour, um grupo com um histórico de violência racial.

A agressão ocorreu quando o ator se dirigia a um espetáculo de entrada livre, 'Amor é fogo que arde sem se ver', em homenagem a Camões, tendo sido atingido na face com uma soqueira, o que exigiu cuidados médicos. Ricardo Sá Fernandes, advogado de Adérito Lopes, desmentiu as alegações de que o ator tenha insultado o agressor, qualificando o ataque como gratuito.

A diretora do teatro, Maria do Céu Guerra, explicou que a agressão se deu no momento em que os atores chegavam ao local e se depararam com um grupo de neonazis que começou a provocar uma das atrizes. O Ministério Público abriu um inquérito para apurar os acontecimentos.

Após a agressão, Adérito Lopes, juntamente com o antigo ministro da Educação João Costa, publicou um artigo no semanário Expresso, onde se manifestam contra o medo que tentam impor, sublinhando que não se deixarão intimidar.

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