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Trump anuncia avanços significativos para um cessar-fogo em Gaza

O Presidente dos EUA revelou que importantes progressos foram feitos para um cessar-fogo em Gaza, após intensos combates entre Israel e o Hamas, dando esperanças de uma resolução para o conflito.

há 5 horas
Trump anuncia avanços significativos para um cessar-fogo em Gaza

Na Haia, Países Baixos, a 25 de junho de 2025, Donald Trump, o Presidente norte-americano, expressou hoje otimismo ao afirmar que se estão a registar "grandes progressos" em direcção a um cessar-fogo em Gaza, num período de mais de 20 meses de intensos combates. Durante a cimeira da NATO, Trump comentou que o seu enviado especial, Steve Witkoff, indicou que a crise no enclave palestiniano se encontra "muito próxima" de uma resolução.

O líder norte-americano ligou este optimismo ao cessar-fogo que foi estabelecido na terça-feira entre Israel e o Irão, após 12 dias de confrontos.

Por sua vez, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, enfrenta uma crescente pressão tanto da oposição como dos familiares dos reféns retidos em Gaza, além de pressões oriundas até da sua própria coligação governamental, para que a guerra tenha um fim. Esta escalada de violência teve início com o ataque sem precedentes do Hamas a Israel, ocorrido a 7 de outubro de 2023.

O Qatar, que atua como mediador fundamental no conflito, anunciou na terça que planeia lançar uma nova iniciativa para um cessar-fogo. O Hamas reconheceu que as discussões "se intensificaram" ultimamente. "Os nossos contactos com os mediadores do Egito e do Qatar nunca cessaram, e também se intensificaram nas últimas horas", afirmou Taher al-Nounou, um dos altos responsáveis do grupo. Contudo, acrescentou que o movimento ainda não recebeu propostas concretas para um cessar-fogo.

O Governo israelita optou por não comentar sobre as discussões referentes ao cessar-fogo, sublinhando que os esforços para recuperar os reféns continuam “no campo de batalha e através de negociações”.

O ataque de 2023 resultou em pelo menos 1.219 mortes, a maioria civis, de acordo com a agência de notícias France-Presse (AFP). Em relação aos 251 reféns sequestrados, 49 permanecem em cativeiro em Gaza, dos quais pelo menos 27, segundo o exército israelita, já perderam a vida.

Em reação a esta situação, Israel prometeu eliminar o Hamas e iniciou uma ofensiva militar em Gaza, que já causou a morte de mais de 56.000 palestinianos, em sua maioria civis, de acordo com dados fornecidos pelo Ministério da Saúde do Hamas e considerados fiáveis pela ONU.

Os líderes israelitas manifestaram a intenção de assumir o controlo de Gaza e expulsar o Hamas, que é detentor do poder desde 2007 e é classificado como uma organização terrorista pelos Estados Unidos, Israel e União Europeia.

Dados da ONU e de várias ONG revelam que mais de dois milhões de palestinianos em Gaza vivem em condições de extrema pobreza, exacerbadas pelas restrições impostas por Israel. Além disso, numerosos palestinianos são frequentemente mortos ou feridos ao tentarem aceder a ajuda humanitária em centros de distribuição.

A Fundação Humanitária de Gaza (GHF), com apoio de Israel e dos EUA, gere quatro centros de distribuição de refeições no enclave, mas nega responsabilidade por mortes registadas perto das suas instalações. Por outro lado, devido às severas restrições de Israel sobre a cobertura mediática em Gaza, as informações da Defesa Civil não podem ser confirmadas por fontes independentes.

O Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos denunciou o uso de alimentos como uma arma em Gaza, classificando-o como "crime de guerra" e apelou ao exército israelita para "cessar o fogo contra aqueles que tentam obter auxílio".

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