A desinformação na Europa: fraudes digitais e guerras em foco
Um novo relatório do EDMO revela o impacto da desinformação sobre fraudes e conflitos armados em várias nações europeias, com casos alarmantes a emergir.

Um recente estudo do Observatório Europeu dos Media Digitais (EDMO), publicado em junho, revela que a desinformação relacionada com fraudes em redes sociais, a guerra na Ucrânia e as tensões no Médio Oriente está a afectar diversos países na Europa.
Na península ibérica, sob a coordenação do IBERIFIER, foram identificadas 59 páginas fraudulentas no Facebook que se disfarçam de serviços de transportes públicos em 47 cidades, com o intuito de enganar os cidadãos. Este conteúdo enganoso foi visualizado mais de 900.000 vezes entre janeiro e maio, impulsionado por campanhas de publicidade paga nas plataformas Facebook e Instagram, tendo como objetivo o roubo de dados pessoais e financeiros dos utilizadores.
Em França, a desinformação tem-se centrado na ofensiva militar israelita em Gaza, levantando questões sobre a classificação jurídica das ações do exército israelita. Por outro lado, na Itália e na Alemanha, a guerra na Ucrânia prevalece como um tema suscetível a informações falsas. Embora as notícias enganosas sobre este conflito tenham caído para metade em relação ao mês anterior, observa-se uma diminuição geral na desinformação ligada à União Europeia e à imigração.
Adicionalmente, em maio, a Alemanha foi alvo de uma desinformação alarmante, propagando a narrativa de que todos os desempregados no país seriam imigrantes.
Na Lituânia, a desinformação relacionada com a guerra na Ucrânia inclui a divulgação errónea de vídeos que mostram agentes dos Centros de Recrutamento Territorial da Ucrânia a deter homens nas ruas.
Por fim, na Irlanda, a principal desinformação em circulação em junho referia que os protetores solares poderiam ser prejudiciais, alegando que impediam a absorção de vitamina D e provocavam queimaduras na pele.