A União Europeia limita as suas opções de sanções contra a Rússia

O chanceler alemão, Friedrich Merz, anunciou que a União Europeia (UE) esgotou as suas opções para aplicar novas sanções à Rússia. Esta declaração foi feita durante uma conferência de imprensa, no final da cimeira da NATO que decorreu em Haia, Países Baixos.

Merz sublinhou que algumas sanções ainda podem ser implementadas diretamente pelos Estados Unidos, reiterando ao Presidente americano, Donald Trump, que a responsabilidade de agir está "nas suas mãos". "A meu ver, ainda não houve um consenso completo sobre o assunto", acrescentou Merz, quando questionado acerca da possibilidade de Washington avançar com essas sanções.

O chanceler manifestou a convicção de que "não há uma solução militar" para o conflito na Ucrânia, ressaltando, no entanto, que as ações da UE até agora "não são suficientes". Ele também ressaltou a crescente ameaça que Moscovo representa não apenas para a Ucrânia, mas também para os países europeus e da NATO, advertindo que "não podemos saber se um dia a nossa preparação será colocada à prova".

Além disso, Merz referiu-se a "ataques diários" da Rússia a redes de dados, e mencionou a disseminação de desinformação e sabotagens no mar Báltico. O chanceler alertou para a crescente atividade de drones espiões na Alemanha, sublinhando que "já estamos a ser atacados dessa forma", e que a linha entre guerra e paz se tornou mais ténue neste século.

Durante a cimeira, os líderes da NATO decidiram aumentar os gastos em defesa, em resposta à pressão de Trump, reafirmando um "compromisso inabalável" em caso de ataque. Os 32 países membros concordaram em investir 5% do PIB anualmente em necessidades essenciais de defesa até 2035, a fim de garantir as obrigações defensivas individuais e coletivas.