Avaliação de ‘Death Stranding 2: On The Beach’. Uma obra-prima da nova era dos videojogos
Hideo Kojima impressiona novamente com ‘Death Stranding 2: On The Beach’, disponível hoje para PlayStation 5, elevando a narrativa e a jogabilidade a novos patamares.

Após a sua partida da Konami, Hideo Kojima estabeleceu a sua própria produtora, a Kojima Productions, e em 2019 lançou ‘Death Stranding’, um título que dividiu opiniões mas que deixou uma marca indelével pela forma como integração de mecânicas de jogo e narrativa. A obra, com temas de isolamento e conexão, ressoou particularmente durante os anos da pandemia, tornando-se um precursor involuntário das nossas experiências coletivas de distanciamento social.
Agora, cinco anos depois, surge ‘Death Stranding 2: On The Beach’, uma sequência direta que analisamos após receber um código antecipado da PlayStation. Antes de prosseguir, é importante notar que somos apreciadores do trabalho de Kojima, especialmente das suas criações em ‘Metal Gear Solid’ e no primeiro ‘Death Stranding’.
Abordando esta continuação, cabe ressaltar que ‘Death Stranding 2’ não apenas supera o seu antecessor, como se posiciona como um dos melhores projectos da carreira de Kojima. A narrativa inicia-se pouco tempo após os eventos do primeiro jogo, com Sam Bridges (Norman Reedus) a viver em reclusão com a adorada Lou, refletindo sobre a necessidade de conexão que permeia tanto a ficção como a realidade.
A narrativa é introduzida de forma suave, sem sobrecarregar o jogador com informações excessivas. Desta vez, a ambientação permite uma exploração gradual do mundo vasto e interconectado já apresentado. O grafismo, suportado pela Decima Engine, representa uma evolução significativa, trazendo paisagens de cortar a respiração e enriquecendo a experiência visual.
Os novos ambientes são diversos e desafiadores, variando entre florestas, desertos e montanhas, cada um com os seus perigos próprios, como incêndios florestais e tempestades de areia. Este novo jogo também apresenta inimigos humanos mais elaborados e ameaças sobrenaturais que ajustam a dinâmica da jogabilidade. As mudanças em relação ao peso da carga e a navegação pelos menus garantem que, apesar da complexidade, a experiência é intuitiva e envolvente.
Além da tradicional entrega de encomendas, as missões incluem interessantes variações que desafiam o jogador a adaptar a sua abordagem, ao mesmo tempo que opções de personalização para Sam enriquecem a exploração e a jogabilidade. O novo sistema APAS permite que os jogadores personalizem Sam de acordo com o seu estilo, criando um maior envolvimento na narrativa.
O áudio e a trilha sonora, cuidadosamente selecionados por Kojima, contribuem para a imersão. As visuais impressionantes e as performances realistas dos actores criam momentos de pura admiração. Ao experimentar um jogo com qualidade gráfica sem paralelo, percebemos que a Kojima Productions atingiu um novo patamar em atenção aos detalhes.
Em resumo, ‘Death Stranding 2: On The Beach’ é uma obra que não apenas evolui a fórmula apresentada anteriormente, mas que também oferece uma experiência emocional rica. Os jogadores que digestaram o primeiro título encontrarão neste sequel um conteúdo que vai além das expectativas, assegurando um espaço de destaque na PlayStation 5 e na indústria dos videojogos.