Comunidade Internacional Deve Agir Contra Ameaça Nuclear do Irão
O ministro israelita dos Negócios Estrangeiros exorta a intervenção global para impedir o Irão de desenvolver armas nucleares, alertando para o risco à segurança de Israel e do mundo.

O ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, Gideon Saar, enfatizou a responsabilidade da comunidade internacional em inibir o Irão, qualificado por ele como o "regime mais extremista do mundo", de criar uma bomba nuclear que poderia ser usada contra Israel.
Na sua conta na rede social X, Saar comentou sobre os recentes ataques de Israel a instalações nucleares e militares do Irão, afirmando que "Israel agiu no último momento possível" para se proteger, não só a si, mas também à região e à comunidade internacional.
De acordo com Saar, o Irão continua a advogar pela eliminação de Israel, e portanto, a comunidade global deve utilizar todos os recursos adequados para evitar que o Irão adquira armamento nuclear. A sua declaração surgiu em resposta a uma mensagem do seu homólogo iraniano, Abbas Araghchi, que tinha criticado a insinuação do chefe da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), Rafael Grossi, em visitar as instalações nucleares iranianas bombardeadas pelos Estados Unidos durante o conflito entre Israel e o Irão.
Após os recentes ataques, o parlamento iraniano aprovou uma legislação que suspende a cooperação com a AIEA, aguardando apenas a assinatura do Presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, para a sua implementação.
A AIEA sustenta que o Irão, como signatário do Tratado de Não Proliferação Nuclear, deve colaborar com a agência da ONU. Saar frisou que o regime iraniano permanece enganador, obstaculizando a supervisão do seu programa nuclear.
Os sucessivos governos israelitas têm criticado as ações da AIEA em relação ao programa nuclear do Irão, argumentando que estas têm permitido que Teerão continue a enriquecer urânio até níveis que poderiam facilitar a criação de armas nucleares.
Israel, que é considerado a única potência nuclear no Médio Oriente, acusou o Irão de ter a intenção de desenvolver armamento nuclear, algo que Teerão refuta, afirmando que o seu programa destina-se a fins pacíficos.
Israel, alegando uma ameaça direta à sua segurança, realizou um ataque ao Irão em 13 de junho, visando a destruição dos programas nucleares e de mísseis do país.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, após um discurso à nação, declarou que o projeto nuclear do Irão foi "destruído", considerando-o uma "vitória histórica". Ele reafirmou que caso o Irão tente ressuscitar este projeto, Israel atuará com a mesma determinação para evitar qualquer tentativa.
Além disso, o Presidente dos EUA, Donald Trump, mencionou que os ataques resultaram na destruição total das instalações nucleares visadas. O diretor da CIA, John Ratcliffe, confirmou que o programa nuclear do Irão foi "gravemente danificado pelos recentes ataques".
Por outro lado, Teerão reconheceu que as suas instalações nucleares sofreram danos significativos durante os bombardeamentos israelitas e norte-americanos. Especialistas levantaram a hipótese de que o Irão pode ter se preparado para o ataque, retirando 400 quilogramas de urânio enriquecido a 60%, perto do limite necessário para a fabricação de uma ogiva nuclear.
No entanto, a Casa Branca negou a possibilidade de que o Irão tivesse transferido urânio altamente enriquecido antes dos ataques, com a porta-voz Karoline Leavitt afirmando que "os Estados Unidos não tiveram qualquer indício de que urânio altamente enriquecido tenha sido removido antes dos ataques".