Macron critica incoerência da guerra comercial entre aliados da NATO
O presidente francês defendeu a necessidade urgente de concluir as negociações comerciais entre a UE e os EUA, após a cimeira da NATO em Haia.

Durante a cimeira da NATO em Haia, o presidente francês, Emmanuel Macron, elogiou a decisão dos países aliados de aumentar os investimentos em defesa para 5% do PIB até 2035, mas alertou para a incongruência de travar uma guerra comercial entre aliados ao mesmo tempo.
"É uma aberração que, enquanto aliados, digamos que vamos aumentar os nossos gastos e, ao mesmo tempo, estejamos em conflito comercial", afirmou o líder francês. Ele enfatizou que um compromisso deste calibre deve promover a paz comercial entre as nações.
Macron sublinhou a urgência em finalizar as negociações comerciais entre a União Europeia (UE) e os Estados Unidos (EUA). "Precisamos de um acordo agora, especialmente após as tarifas comerciais impostas pela administração de Donald Trump", acrescentou, referindo-se aos impactos negativos que estas têm sobre os países europeus.
A cimeira resultou na confirmação de que os 32 países membros da NATO se comprometeram a investir 5% do PIB anualmente em defesa até 2035, revendo os objetivos em 2029. Este esforço é uma resposta a ameaças de segurança, incluindo a Rússia e o terrorismo.
Na declaração final, reiterou-se a necessidade de fortalecer as capacidades militares e infraestruturas, visando assegurar a dissuasão e defesa dos territórios da Aliança Atlântica.