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Conflito em Gaza resulta em 65 mortes; Sanchez classifica situação de "genocídio"

A escalada de violência na Faixa de Gaza culminou em 65 palestinianos mortos por ações israelitas. O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sanchez, clama por ajuda humanitária urgentemente.

26/06/2025 23:45
Conflito em Gaza resulta em 65 mortes; Sanchez classifica situação de "genocídio"

A Faixa de Gaza enfrentou mais um dia devastador, registando 65 mortes confirmadas devido às ações das forças militares israelitas. O primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sanchez, fez uma declaração contundente, descrevendo a situação como um "genocídio".

Após mais de 20 meses de destruição, a população local encontra-se em risco de fome, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU). Durante a tarde, a Defesa Civil da Faixa de Gaza ajustou o número de mortos, incluindo sete pessoas que sucumbiram enquanto tentavam aceder a ajuda alimentar e humanitária, como referiu a porta-voz da organização de primeiros socorros, Mahmoud Bassal.

O exército israelita indicou que estava a "analisar" informações sobre feridos nas proximidades do corredor de Netzarim, onde a população estava concentrada. Embora Israel tenha aliviado parcialmente um bloqueio total que impunha desde março, a crise humanitária agravou-se, com escassez de alimentos e medicamentos.

A criação de um mecanismo de distribuição de ajuda, sob a supervisão de uma Fundação Humanitária de Gaza, resultou em situações caóticas e trágicas. Enquanto isso, as operações militares no território continuam, com o governo israelita a justificar as suas ações como uma ofensiva contra o grupo Hamas.

Sanchez, um crítico veemente da abordagem israelita, reiterou a necessidade de "acesso imediato e urgente à ajuda humanitária" para a população palestiniana, apelando ao envolvimento das Nações Unidas.

Desde o final de maio, aproximadamente 550 palestinianos foram mortos nas imediações de locais de ajuda, conforme relatórios das autoridades de Saúde locais. O Alto-Comissário da ONU para os Direitos do Homem denunciou a utilização de alimentos como arma de guerra, pedindo à Associação Militar israelita para cessar os ataques a quem busca comida.

Philippe Lazzarini, diretor da Agência da ONU para os Refugiados Palestinianos, classificou o novo "mecanismo" de ajuda como uma "abominação", afirmando que resulta numa armadilha mortal para os beneficiários.

Apesar das dificuldades em verificar os números, devido às restrições de comunicação em Gaza, a AFP continua a acompanhar a situação. Entretanto, Donald Trump informou que se estão a fazer "grandes progressos" em direção a um cessar-fogo na região.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, enfrenta crescente pressão para pôr fim às hostilidades, enquanto o Qatar, como mediador, anunciou a proposta de uma iniciativa de cessar-fogo.

Na quarta-feira, um dirigente do Hamas, Taher al-Nunu, confirmou que as negociações com mediadores estavam a "intensificar-se".

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