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Dois condenados por envolvimento na morte de 53 imigrantes em trágico incidente no Texas

Dois homens foram sentenciados por fazer parte de uma rede de tráfico que resultou na morte de 53 imigrantes num camião avariado no Texas. Um recebeu prisão perpétua e o outro, 83 anos.

27/06/2025 23:15
Dois condenados por envolvimento na morte de 53 imigrantes em trágico incidente no Texas

Duas pessoas foram hoje condenadas por serem responsáveis por uma rede de tráfico humano que levou à morte de 53 imigrantes num camião sobreaquecido no Texas. A sentença foi proferida por um tribunal federal em San Antonio, três anos após a tragédia, conforme divulgado pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos.

No final de junho de 2022, cerca de sessenta migrantes provenientes da Guatemala, Honduras e México, incluindo oito crianças e uma mulher grávida, foram encontrados dentro de um semirreboque que tinha o sistema de ar condicionado avariado.

Durante a viagem da fronteira mexicana em direção a San Antonio, as temperaturas no veículo aumentaram significativamente, levando alguns passageiros a suplicar por ajuda e a bater nas paredes, mas sem sucesso, segundo relatórios judiciais.

Do total de imigrantes, 53 perderam a vida, com 48 a falecer antes de chegarem a San Antonio e cinco no hospital. Apenas 11 conseguiram sobreviver.

A Procuradora-Geral Pam Bondi comentou a condenação, sublinhando que “estes criminosos passarão o resto das suas vidas na prisão pela sua escolha cruel de lucrar com o sofrimento humano”.

Cada migrante pagou entre 12.000 a 15.000 dólares aos responsáveis pela operação de contrabando. Felipe Orduna-Torres, identificado como o líder da rede, recebendo prisão perpétua, enquanto Armando Gonzales-Ortega, que ajudou na coordenação, foi sentenciado a 83 anos de prisão.

Cinco outros envolvidos foram considerados culpados no mesmo processo e aguardam sentença para novembro ou dezembro. Um alegado cúmplice, Rigoberto Miranda-Orozco, foi detido na Guatemala em agosto de 2024 e extraditado para os Estados Unidos em março, com julgamento marcado para 29 de setembro.

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