Estudante brasileira detida nos EUA enfrenta situação difícil após paragem de trânsito
Caroline, aluna de enfermagem com visto de residência, está detida há mais de 10 dias por serviços de imigração após uma operação de trânsito, gerando preocupações sobre os direitos dos imigrantes.

Caroline Dias Gonçalves, uma jovem estudante brasileira de enfermagem, encontra-se detida há mais de 10 dias nos Estados Unidos, após uma paragem durante uma operação de trânsito. A aluna, que chegou ao país com os pais aos sete anos, possui visto de residência e trabalho, bem como uma bolsa de mérito que a permitiu ingressar na universidade.
A detenção ocorreu no dia 5 de junho, enquanto Caroline viajava de Salt Lake City para o Colorado. Durante a paragem, o agente policial que a interpelou filmou a abordagem, onde ambos conversaram de forma cordial, permitindo que a jovem voltasse à estrada, mas não sem a advertência para maior atenção ao volante.
Depois da paragem, o agente partilhou informações de Caroline com outros membros do ICE em um grupo do Signal, resultando na sua detenção subsequente pelo Serviço de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos. Apesar de ter autorização de trabalho válida, Caroline está actualmente numa cela de um centro de detenção privado em Aurora, junto a outras 17 mulheres, um cenário denunciado pela organização sem fins lucrativos TheDream.US, que também apoia estudantes indocumentados.
A situação de Caroline é um reflexo das rígidas políticas de imigração que foram implementadas durante o segundo mandato de Donald Trump, criando um ambiente de incerteza para muitos. O advogado de Caroline, Jonathan M. Hyman, anunciou que, após a primeira audiência judicial na última quarta-feira, espera uma resolução rápida que possibilite a libertação da jovem.
Curiosamente, apesar do trauma vivido, Caroline expressou compaixão pelo agente que a deteve. Ela revelou que o investigador Alexander Zwinck pediu desculpa, explicando que agiu por obrigação e não por vontade própria. Caroline comentou: “Quero que saiba que o perdoou. Porque acredito que as pessoas são capazes de fazer melhores opções quando lhes permitem que isso aconteça.”