Ex-militar da GNR considerado inimputável após tentativa de homicídio
Um ex-militar da GNR foi declarado inimputável e perigoso por tentar assassinar um colega, sendo condenado a internamento de 3 a 14 anos em instituição psiquiátrica.

Um homem de 55 anos, ex-militar da GNR, foi hoje julgado pelo Tribunal de Vila Real e declarado inimputável e perigoso após tentar assassinar um colega. O tribunal impôs uma medida de internamento que poderá variar entre três anos e um máximo de 14 anos e dois meses.
O caso remonta a agosto do ano passado, quando o arguido penetrou no Posto de Trânsito de Chaves e iniciou uma série de disparos contra o guarda que se encontrava de serviço. Para além da tentativa de homicídio, o ex-militar estava ainda acusado de atos preparatórios para incêndio e de posse de armas proibidas.
Durante o julgamento, o tribunal reconheceu a responsabilidade do arguido em relação às acusações, exceto no que diz respeito à posse de armas, onde foi absolvido. A juíza mencionou que a defesa apresentada pelo homem foi incoerente, uma vez que ele alegou agir apenas em legítima defesa perante uma suposta agressão.
O ataque ocorreu em 3 de agosto de 2024, quando, a partir das 19:00, o ex-militar entrou no posto e começou a disparar até ser imobilizado pelo guarda. Este último, apesar de ter conseguido escapar inicial e rapidamente aos tiros, foi agredido com a coronha da arma durante a luta para conter o agressor. O guarda sofreu ferimentos que exigiram tratamento hospitalar, mas já voltou ao serviço.
Segundo a acusação, o arguido preparou o seu ataque utilizando garrafas de plástico e vidro para criar uma mistura inflamável e mechas, semelhante a um 'cocktail molotov', demonstrando a sua intenção de incendiar o posto da GNR.
Além do internamento, o ex-militar terá também de pagar uma indemnização de quatro mil euros ao guarda que tentou assassinar. A reavaliação da medida de internamento será periódica, dependendo da evolução do estado de perigosidade do arguido.