Força Aérea assegura transporte médico de emergência face a novo contrato

A Força Aérea Portuguesa (FAP) vai manter a sua participação no transporte de emergência médica a partir de terça-feira, mesmo após a aprovação do contrato entre o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e a empresa Gulf Med, que se prevê iniciar mais tarde devido a certos procedimentos ainda por cumprirem.

O presidente do INEM, Sérgio Janeiro, afirmou à Lusa que o plano de implementação será realizado de forma gradual, permitindo a desmobilização dos recursos da Força Aérea à medida que os meios contratados estejam operacionais. O Tribunal de Contas (TdC) anunciou que deu o visto ao contrato do INEM, que inclui a locação de quatro aeronaves e serviços de operação e manutenção para helicópteros de emergência.

A operação da Força Aérea implica quatro helicópteros disponíveis 24 horas por dia, enquanto a Gulf Med disponibilizará dois aparelhos para operação diurna, no âmbito de um ajuste direto até o contrato ser plenamente executado.

O Governo decidiu destacar a FAP para garantir a continuidade do transporte médico enquanto aguardava a finalização do contrato adjudicado à Gulf Med em março, após um concurso público internacional lançado em novembro de 2024. Este contrato inclui a operação de helicópteros H145 que estarão baseados em várias regiões do país entre julho de 2025 e o final de 2030.

A Gulf Med anunciou um investimento de 40 milhões de euros na aquisição dos helicópteros e tem a intenção de promover a formação de pilotos portugueses, estabelecendo uma organização de formação certificada em território nacional.

Com a entrada em vigor deste contrato, o sistema de transporte aéreo de emergência sofrerá uma transformação que visa melhorar a resposta a situações críticas em Portugal.