Fundador da Mistral alerta para o risco da preguiça com a IA

Arthur Mensch, ex-investigador da Google DeepMind e atual CEO da Mistral AI, partilhou recentemente preocupações sobre o impacto da Inteligência Artificial (IA) na força de trabalho. Em entrevista ao The Times of London, durante a conferência VivaTech em Paris, o especialista destacou que o verdadeiro risco não reside apenas na possibilidade de perda de empregos, mas sim na “desqualificação” dos trabalhadores.

Mensch afirmou que a IA pode incentivar uma abordagem mais preguiçosa na procura de informações, levando à diminuição da capacidade crítica e de aprendizagem dos indivíduos. Para ele, é crucial que humanos permaneçam envolvidos nas tarefas que utilizam sistemas de IA, uma vez que o aprendizado e a capacidade de sintetizar informação são fundamentais para o desenvolvimento pessoal e profissional.

“É essencial garantir o envolvimento humano apropriado na implementação da IA”, argumentou Mensch. Ele enfatizou a necessidade de os indivíduos continuarem a aprender e a desafiar as informações que recebem, considerando isso um pilar central no processo educativo. Além disso, Mensch não acredita que, nos próximos cinco anos, a tecnologia seja capaz de substituir os trabalhadores de escritório.