Homem condenado a prisão perpétua por assassinato de adolescente em Londres
Um homem de 37 anos foi sentenciado a uma pena de prisão perpétua por matar um jovem de 14 anos com um sabre, enquanto este se dirigia para a escola, em abril de 2024.

Na manhã de 3 de abril de 2024, Marcus Arduini Monzo, um espanhol de 37 anos, foi considerado culpado pelo Tribunal Criminal de Old Bailey, em Londres, de homicídio, três tentativas de homicídio e lesões graves a duas outras vítimas.
O juiz Joel Bennathan impôs uma sentença de prisão perpétua, estabelecendo uma pena mínima de 40 anos, embora, após contabilizar o tempo já cumprido em prisão preventiva, Monzo terá de permanecer atrás das grades por quase 39 anos.
Durante a audiência, o magistrado destacou que o réu estava em estado "claramente psicótico" durante o ataque, o que se deveu em parte ao uso prolongado de canábis. No entanto, o juiz enfatizou que isso não o isentava de responsabilidade pelos seus atos, afirmando que Monzo tinha consciência dos efeitos da substância, que o tornavam paranóico e provocavam ataques de pânico.
No trágico incidente, Monzo atacou Daniel Anjorin, um jovem de 14 anos, com uma espada japonesa, enquanto o adolescente se dirigia para a escola, aparentemente inconsciente do perigo que o rodeava, uma vez que usava auscultadores. Além de Daniel, o agressor feriu duas pessoas, incluindo agentes da polícia, num ataque que se prolongou por cerca de vinte minutos até ser finalmente detido.
Após a sentença, o pai de Daniel, Ebenezer Anjorin, expressou-se em nome da família, afirmando que "nenhum veredito ou sentença pode devolver o nosso querido Daniel, mas estamos agradecidos por a justiça ter sido feita". Ebenezer acrescentou: "Honramos a memória de Daniel não à sombra desta tragédia, mas sim através do amor e felicidade que ele nos proporcionou e a todos os que o conheceram".