Irão condiciona fim de ataques a suspensão da "agressão ilegal" por Israel
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão descartou um acordo de cessar-fogo com Israel, mas admitiu que os ataques poderiam cessar se Telavive parar as suas ações.

O chefe da diplomacia iraniana, Abbas Araghchi, afirmou hoje que não existe um acordo de cessação de hostilidades com Israel, apesar das reivindicações do Presidente norte-americano, Donald Trump, sobre um cessar-fogo. Araghchi fez esta declaração após a repercussão de mensagens sobre um aparente acordo que deveria ter entrado em vigor.
Na rede social X, Araghchi afirmou: "Até ao momento, NÃO há 'acordo' sobre qualquer cessar-fogo ou cessação das operações militares". Ele disse que, caso o regime israelita interrompa a "agressão ilegal" contra o povo iraniano antes do horário limite que mencionou, o Irão reconsideraria sua postura em relação à continuação das operações militares.
Embora Trump tenha indicado um cessar-fogo iminente entre os dois países, o ministro iraniano revelou que a decisão sobre uma eventual suspensão das operações militares seria tomada posteriormente. Trump celebrou a suposta concordância entre Israel e o Irão, referindo-se a um "cessar-fogo completo e total" a ser implementado nas próximas horas.
As tensões na região aumentaram com as recentes explosões em Teerão, que aconteceram após avisos de bombardeamentos por parte de Israel, e a retaliação iraniana a operações militares dos EUA. O Irão lançou mísseis contra uma base americana no Qatar como resposta a ataques norte-americanos a instalações nucleares em território iraniano.
O conflito entre Israel e o Irão surge em um momento crítico, após ataques israelitas que começaram em junho, levando a uma escalada de hostilidades que já resultou em numerosas vítimas de ambos os lados. A situação está a ser monitorada de perto, uma vez que as operações nos complexos nucleares iranianos podem ter repercussões graves para a estabilidade na região do Médio Oriente.