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Moçambique celebra 50 anos de independência com apelo à livre circulação com Portugal

O Presidente de Moçambique, Daniel Chapo, defende a livre circulação entre Moçambique e Portugal, enfatizando a história comum e os laços fraternos entre os dois países durante as comemorações do meio século de liberdade.

há 4 horas
Moçambique celebra 50 anos de independência com apelo à livre circulação com Portugal

O Presidente de Moçambique, Daniel Chapo, fez um apelo pela livre circulação de cidadãos entre Moçambique e Portugal, durante a cerimónia que assinalou os 50 anos de independência do país. Em seu discurso, Chapo destacou a história partilhada e recordou que as lutas por independência das ex-colónias portuguesas foram cruciais para a democratização da antiga metrópole.

“Estas lutas não visavam o povo português, mas o regime colonial fascista que oprimia tanto os africanos como os próprios portugueses. A vitória foi, portanto, de todos nós,” afirmou, durante os atos centrais decorvidos no Estádio da Machava, em Maputo. O evento contou com a presença de várias altas figuras africanas de língua portuguesa, incluindo o Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, e a presidente da Assembleia Nacional de Angola, Carolina Cerqueira.

No seu discurso, Chapo dirigiu-se particularmente ao Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, elogiando-o como um "irmão" e cidadão de Moçambique, agradecendo pela sua presença nas comemorações. “Ele viveu intensamente a nossa história comum e ama ambos os países. Por isso, queremos cada vez mais proximidade e livre circulação entre nós,” frisou.

O Presidente moçambicano continuou, afirmando que Rebelo de Sousa representa um elo significativo entre as duas nações, que se remonta à herança cultural e histórica desde os tempos de Vasco da Gama e Camões.

As celebrações contaram com desfiles, momentos culturais e uma mensagem emotiva dos cidadãos que partilham o mesmo aniversário da independência. O evento também foi marcado pela chegada da chama da unidade, uma tradição que simboliza a esperança e a unidade nacional, e que foi acesa pelo chefe de Estado com o apoio de antigos Presidentes.

Com a presença de dezenas de milhares de moçambicanos no estádio, que acolhe oficialmente 45 mil pessoas, este evento não apenas celebra o passado, mas também sublinha a visão de futuro e a importância dos laços reforçados entre Moçambique e Portugal.

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