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Novas Perspectivas para o Financiamento de Infraestruturas em África

A ministra angolana das Finanças, Vera Daves, defende a necessidade de um novo modelo de financiamento que privilegie parcerias entre o setor público e privado.

há 4 horas
Novas Perspectivas para o Financiamento de Infraestruturas em África

A ministra das Finanças de Angola, Vera Daves de Sousa, ressaltou na reunião plenária sobre "O Futuro da Parceria entre os EUA e África" que o Corredor do Lobito provoca uma reflexão sobre os métodos de financiamento das infraestruturas no continente africano. Este projeto ferroviário, que liga o Porto do Lobito à República Democrática do Congo, revela que é viável estabelecer parcerias eficazes com o apoio de investimentos privados.

A governante destacou que este novo modelo oferece vantagens significativas, como a redução da pressão sobre as economias africanas, que muitas vezes já enfrentam níveis elevados de endividamento. Ao mesmo tempo, é fundamental enfrentar a realidade da carência de infraestruturas que não pode ser ignorada.

Vera Daves defendeu a implementação de soluções que integrem o setor privado, bem como a identificação de projetos que possam ser autossustentáveis, indicando que este é o caminho para o futuro. A ministra apelou a que se abandone uma visão limitada, focada unicamente na exportação de recursos, e se adote uma abordagem que considere a criação de valor a longo prazo, promovendo a geração de empregos e novas oportunidades económicas em Angola.

Ela ainda sublinhou a importância de recalibrar parcerias para fomentar o investimento real, destacando a necessidade de irá além dos mecanismos tradicionais de doação e financiamento estatal. O objetivo é enriquecer as colaborações, envolvê-las com empresas de diferentes dimensões e explorar setores além do energético, priorizando iniciativas que gerem emprego.

Vera Daves encorajou a pensar de forma inovadora, mesmo que isso signifique estudar mercados desconhecidos e ultrapassar barreiras linguísticas, com o foco em estabelecer parcerias vantajosas tanto dentro como fora do continente. A 17.ª Cimeira de Negócios EUA-África encerrou após três dias de reuniões e contou com a presença de mais de 1.500 delegados, resultando na assinatura de nove acordos em diversos setores.

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