Putin anuncia redução de gastos em Defesa e minimiza ameaças ocidentais

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, revelou hoje que o país irá diminuir os gastos com a Defesa, atualmente fixados em 6,3% do PIB. Durante uma conferência de imprensa, na sequência de uma cimeira da União Económica Eurasiática em Minsk, Putin destacou que a Rússia "não tem planos agressivos" face ao Ocidente.

"Nós planeamos reduzir os gastos [com Defesa] e eles [os países da NATO] planeiam aumentá-los. Então, quem é agressivo aqui?", questionou Putin. Ele explicou que esta redução está planeada para os próximos três anos e afirmou que tornar os gastos militares do país mais sustentáveis é uma preocupação dos ministérios russos envolvidos, embora ainda não exista um acordo final.

O líder do Kremlin observou que a Europa está a preparar-se para aumentar as suas despesas de defesa, indagando, "quem se prepara para ações agressivas? Nós ou eles?". Putin reiterou que a Rússia deseja encerrar o conflito na Ucrânia de forma que beneficie o país e não por meio de uma postura hostil. "O aumento das despesas militares na Europa não melhorará a segurança, mas poderá prejudicar a sua economia", acrescentou.

Em contraste, Putin apresentou a estratégia dos países europeus como uma forma de investir bilhões de rublos para apoiar a sua indústria militar, enquanto a NATO decidiu aumentar os gastos de defesa de 2% para 5% do PIB até 2035, citando "profundas ameaças à segurança representadas pela Rússia". O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, também minimizou o impacto desta decisão, considerando-a uma ameaça para os cidadãos da União Europeia e do Reino Unido.