Responsáveis pela Crise Climática São Apontados em Meio a Onda de Calor Intensa
Climáximo critica políticas dos governos e práticas das petrolíferas enquanto a Europa enfrenta temperaturas extremas que põem em risco os mais vulneráveis.

A associação ambientalista Climáximo fez um apelo contundente sobre a atual onda de calor que assola Portugal e o sul da Europa, responsabilizando diretamente os governos, as empresas petrolíferas e a elite financeira. Num comunicado, a organização denunciou: "As temperaturas estão insuportáveis, e a responsabilidade recai sobre os ultra-ricos e as petrolíferas que, juntamente com os governos, insistem na queima de combustíveis fósseis para enriquecer."
O fim de semana foi marcado por um aumento alarmante das temperaturas, similar ao que se verificou no início do mês em regiões como o Canadá e os Estados Unidos. "O calor torna-se insuportável, e as pessoas não conseguem suportar", indicou a associação.
Segundo a Climáximo, "não podemos simplesmente aceitar estas temperaturas extremas como normais", salientando que o "calor avassalador é uma consequência direta da crise climática, que tem responsáveis claros: as empresas de combustíveis fósseis, a elite económica e os líderes políticos."
Os ativistas recordaram que, apesar dos apelos para a ação contra a crise climática, as emissões de gases com efeito estufa continuam a aumentar e novas perfurações de petróleo e gás estão em andamento. "Os lucros das petrolíferas nunca foram tão elevados e o abismo entre os ultra-ricos e a população mais pobre apenas se amplia", criticou a organização, exemplificando com o caso da família Amorim e do magnata Jeff Bezos.
Enquanto alguns desfrutam de luxos, como ar condicionado em lojas e moradias exclusivas, muitos enfrentam um calor sufocante em casas que não estão preparadas para tais climas extremos. Essa situação é especialmente crítica para grupos vulneráveis, como idosos e crianças, levando a perdas trágicas, como a recente morte de uma trabalhadora em Barcelona devido ao calor extremo.
A Climáximo quantificou essa injustiça com a frase: "O lucro deles é a nossa sentença de miséria." Para os ativistas, a única forma de mudança é através da união da sociedade civil, clamando: "As pessoas comuns possuem o poder de inverter este rumo catastrófico e lutar por uma sociedade justa e sustentável, livre de combustíveis fósseis".