Reunião dos CCG: Ameaças ao Qatar Comprometem a Segurança da Região
Ministros dos Negócios Estrangeiros do CCG ressaltam que qualquer agressão ao Qatar afeta diretamente todos os estados-membros, em meio a tensões com o Irão.

Os chefes da diplomacia da Arábia Saudita, dos Emirados Árabes Unidos, do Bahrein, do Kuwait, do Omã e do Qatar reuniram-se de forma extraordinária para discutir a recente "agressão do Irão" contra o Qatar. Este ataque, que envolveu mísseis direcionados à base aérea de Al Udeid, foi quase totalmente neutralizado pelas defesas qatarenses.
No comunicado emitido após a reunião, o Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) expressou o seu "profundo pesar" pela violação da soberania do Qatar por parte do Irão, a qual considera uma violação inaceitável dos princípios de boa vizinhança.
Os países do CCG sublinharam que a segurança do Qatar é crucial para a estabilidade de toda a região, afirmando que "qualquer ameaça a um Estado-membro é uma ameaça a todos". A aliança também saudou o cessar-fogo anunciado pelo Presidente dos EUA, Donald Trump, entre Israel e o Irão, enquanto apelou a uma paragem imediata de todas as operações militares.
Após quase duas semanas de intensos conflitos, em que 28 vidas foram perdidas em Israel devido aos ataques iranianos, entrou em vigor um frágil cessar-fogo. Este conflito teve origem em ataques aéreos israelitas no Irão, alegadamente motivados pela criação de armamento nuclear, algo que Teerão nega.
Na sequência dos ataques, os EUA realizaram bombardeamentos contra instalações nucleares no Irão. Também na segunda-feira, o Irão reivindicou um ataque de retaliação a uma base norte-americana no Qatar, que não resultou em danos ou vítimas, uma vez que o país islâmico avisou previamente as autoridades.
O CCG manifestou também preocupação com a escalada da violência na Faixa de Gaza, reiterando que essas ações contribuem para a desestabilização da já volátil região do Médio Oriente. Os Estados do Golfo Pérsico reafirmaram a necessidade de garantir a segurança aérea, marítima e fluvial, bem como de enfrentar qualquer atividade que possa comprometer a paz e a estabilidade regional.