Rio de Janeiro acolherá a Conferência Internacional dos Oceanos em 2027
A Conferência da Década dos Oceanos da UNESCO será realizada no Rio de Janeiro em 2027, com foco na ciência oceânica e na preservação dos mares.

A cidade do Rio de Janeiro foi oficialmente nomeada hoje como a anfitriã da Conferência da Década dos Oceanos de 2027, promovida pela UNESCO. Este importante evento visa impulsionar a ciência oceânica e promover práticas de desenvolvimento sustentável no contexto das numerosas problemáticas que afetam os oceanos.
A informação foi divulgada através de um comunicado da câmara municipal, que sublinha que a Década das Nações Unidas de Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável, também referida como Década do Oceano, foi instituída pela ONU em 2017, englobando o período entre 2020 e 2030.
A cimeira, que se realizará no Brasil, procura sensibilizar o público global para a relevância dos oceanos e galvanizar a participação de diversos atores, desde órgãos públicos a empresas e organizações civis, em iniciativas que assegurem a saúde e a sustentabilidade dos mares.
A escolha do Rio de Janeiro como sede foi feita durante uma reunião da Comissão Oceanográfica Intergovernamental em Paris, refletindo o papel de liderança que o Brasil tem assumido em termos de conservação marinha e ciência dos oceanos.
O evento reunirá líderes de várias nacionalidades, cientistas, representantes da sociedade civil e do setor privado com o intuito de criar estratégias que combatam a degradação dos oceanos e promovam a sua sustentabilidade para além de 2030.
O prefeito do Rio, Eduardo Paes, expressou a sua satisfação pela escolha, lembrando o histórico da cidade em questões climáticas, que remonta à cimeira da Terra de 1992. “É uma honra representar o Brasil, apresentando ao mundo não só a beleza da nossa cidade, mas também a nossa competência em realizar grandes eventos internacionais com excelência”, afirmou Paes no comunicado.
O Brasil, que conta com um extenso litoral superior a 10.000 quilómetros, é pioneiro em diversas iniciativas destinadas à proteção dos oceanos, incluindo um projeto para transformar o Atlântico Sul num santuário para as baleias.
No entanto, é importante destacar que, apesar do compromisso com a conservação marinha, o Governo brasileiro está a promover a exploração de petróleo em áreas marinhas sensíveis, como a foz do rio Amazonas, incluindo a recente realização de um leilão polémico para concessões petrolíferas que suscitou preocupações entre ambientalistas.